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Valor do tempo

Existe uma medição do tempo que todos devemos conhecer: se em dez minutos é possível cumprir uma tarefa e não a cumprimos – e, pelo contrário, desperdiçamos o tempo, ocupando nessa tarefa duas horas –, teremos gasto inutilmente um valor cuja perda, no futuro, haveremos de lamentar.


Carlos Bernardo González Pecotche – In memoriam
Colaborador

A falta de tempo, manifestada por aqueles que acreditam estar absorvidos inteiramente por suas preocupações, acarreta um déficit que, mais cedo ou mais tarde, acaba produzindo sérios desequilíbrios em suas vidas.

Existe uma medição do tempo que todos devemos conhecer: se em dez minutos é possível cumprir uma tarefa e não a cumprimos – e, pelo contrário, desperdiçamos o tempo, ocupando nessa tarefa duas horas –, teremos gasto inutilmente um valor cuja perda, no futuro, haveremos de lamentar.

O tempo é um dos agentes de maior importância na senda do aperfeiçoamento.

Aperfeiçoamento também significa simplificação, intensidade, velocidade. Logosoficamente, a vida ganha intensidade por ter sido simplificada, e porque todos os movimentos da inteligência se tornam velozes, pois esta já não malgasta o tempo em divagações inúteis, nem permite a preguiça mental que a intumesce. E quando se consegue fazer num dia o que se fazia em vinte ou trinta, a vida se amplia de forma extraordinária, já que desse modo se multiplicam as possibilidades de desfrutá-la conscientemente, e se avança no cumprimento de seu grande objetivo.

O tempo se perde, em grande parte, quando não se faz nada; quando a mente divaga ou não pensa. Tempo que se perde é vida estéril, que não merece sequer a honra de ser recordada. Eis um chamado de atenção para aqueles que lamentavelmente malogram seu tempo.

A administração do tempo é fator preponderante na vida. É preciso ganhá-lo como o pão; e ele é ganho quando se vive conscientemente. Viver assim é manter, em tudo o que se faz, uma permanente atenção.

Dominar o tempo, fazendo com que seja fértil ou produtivo, é ter conquistado uma das chaves da evolução.

Instruído sobre seus valores, o estudante de Logosofia deve saber usá-lo com inteligência. Tanto a distração como a apatia viciam as energias e pervertem o ânimo.

O tempo mais bem aproveitado para o espírito é aquele que o ser físico ocupa em sua evolução consciente. Ter consciência do tempo que se vive nos domínios do saber significa haver transcendido a escravidão a que é submetido o homem em sua ignorância.

Dois instantes sublimes vive o estudante de Logosofia nas primeiras etapas do caminho: o primeiro, quando, guiado pelo saber logosófico, encontra finalmente o tempo necessário para se dedicar à própria evolução, que será a obra de sua vida; o segundo, quando, depois de aproveitar esse tempo com inteligência, percebe que pode ajudar na evolução de seus semelhantes. (Extraído do Livro Exegese Logosófica, pág. 101)


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