Esportes

Atingidos no coração: velório marca dias mais tristes da vida em Chapecó

Corpos de 50 vítimas fatais do trágico acidente aéreo, dentre eles os 19 jogadores da Chape foram velados na Arena Condá


“A sensação que temos é de que eles apenas estão voltando de viagem e vamos poder abraçá-los”. “Estamos feridos de morte”. “Fomos atingidos no coração”. Três frases ditas por anônimos moradores de Chapecó e adoradores da Chape que resumem bem o clima de comoção que envolve o velório das 50 pessoas cujo os corpos foram transportados para o município do estado de Santa Catarina.

– Já imaginou que seu filho está em lugar longe, que você não pode abraçar, vai chegar em um caixão lacrado?! E você vai ficar de longe vendo ele, não vai poder olhar no rosto nunca mais? Isso é terrível – afirmou Dona Ilaíde, mãe do goleiro Danilo, ídolo da torcida da Chape que morreu na queda do avião.

Chapecó chora a morte dos seus guerreiros. A cidade de cerca de 200 mil habitantes sucumbiu à tristeza. São lágrimas, luto e solidariedade entre todos. Foram os dias, os capítulos, a história mais triste da “Capital do Oeste” que completará 100 anos de fundação em 2017.

Depois da tragédia, ainda na terça-feira, o povo saiu às ruas de Chapecó. Lotou a catedral para rezar, saiu em procissão pela cidade e encheu a Arena Condá aos gritos de “é campeã”. Na quarta-feira, o dia marcado para primeira partida da final da Copa Sul-Americana diante do Nacional de Medellín, missa e vigília; dor e emoção; familiares, amigos e uma torcida que chorava, exaltava a Chape e os “guerreiros” mortos no acidente.

Toda a indefinição sobre quando aconteceria o translado dos corpos da Colômbia para o Brasil, só fez aumentar o sofrimento, dor e angústia. Após quatro dias de espera para as famílias, chega a difícil hora da despedida no gramado da Arena Condá. O palco de alegrias tão intensas quanto recentes nunca recebeu tantas lágrimas. Mais do que nunca, o povo catarinense precisará ser muito forte.


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