Ulisses Laurindo

Copa do Mundo a três mãos


O tiro inicial que foi dado pelos dirigentes da Coréia do Sul e do Japão de realizaram uma Copa do Mundo Futebol em parceria parece que vai ganhar foro internacional, porque a idéia agora foi revigorada pelo Estados Unidos, Canadá e México de, em conjunto promoverem a Copa de 2026, logicamente, buscando minimizar as despesas decorrentes da organização, a partir de 2018, com 48 seleções.

A Copa do Mundo de 2002 causou certo espanto no torcedor porque até aquela data os jogos eram disputados com um só patrocínio, causando surpresa a parceria dos dois países. Independente do local, o Brasil conquistou o penta campeonato, saindo de lá glorificado. A proposta dos três países coloca em destaque o fato que vem despertando intranqüilidade quanto ao futuro de novas copas. O Brasil, que sediou sozinho à de 2014, até hoje se debate com as conseqüências do gigantismo que foi para atender as exigências da Fifa que, lógico, quer o melhor, não se importando com o que vem depois.

O desastre maior é quando as disputas se realizam em países cujo controle político fica alheio a demanda, ocorrendo, no caso do Brasil, grandes desvios, talvez obscurecendo objetivo alheio ao futebol.

Há cerca de dois anos, o Comitê Olímpico Internacional questionou o gigantismo dos Jogos, admitindo que, em futuro, poucos países teriam coragem de concorrer a uma vaga, pois os custos, às vezes, extrapolava os recursos previstos. O alerta bateu em cheio em americanos, canadenses e mexicanos que, prevendo dificuldades já articulam parcerias. O assunto é tão sério que não se pode imaginar os Estados Unidos, por exemplo, abdiquem de um acontecimento da envergadura de um majestoso evento mundial apenas para economizar, mas considerando o legado do acontecimento, quase sempre inferior ao esforço e objetivo a serem alcançados. Nesse caso, decisões de interesse público de cada país falaram mais alto e o certo é que o tiro inicial foi dado pelos países da Ásia que será com certeza imitado pelas Américas.

Brasil x Colômbia
Em favor das famílias dos jogadores do Chapecoense, vitimados no acidente aéreo, as seleções do Brasil e da Colômbia jogam amistosamente no dia 25, domingo, no Engenhão, com preços oscilando de R$ 70 a 150. A renda total será revertida para as famílias dos jogadores.