Cidades

Campanha pela vida estimula doação de medula óssea no Amapá

“Por Mais Doadores”, da Secretaria de Estado da Saúde


Uma verdadeira corrente do bem tomou conta da vida de jovens e adultos, na noite de sábado, 11, em prol de Eliany Nascimento, de 21 anos, que sofre de leucemia. A causa era nobre: encontrar doadores de medula óssea.

A iniciativa marcou o inicio da campanha “Por Mais Doadores” da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio do Instituto de Hematologia e Hemoterapia do Amapá (Hemoap), que durante a programação estava colhendo as amostras de sangue, para exames de compatibilidade.

No evento, 155 pessoas se cadastraram no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). O momento superou as expectativas de familiares e amigos, que organizaram a programação e contavam com o cadastrado de no mínimo 50 possíveis doadores. No decorrer desta semana, 62 pessoas que preencheram o formulário ainda deverão procurar o Hemop para a coleta de sangue de compatibilidade.

Eliana Pingarilho, tia da jovem em tratamento, disse que desde agosto do ano passado os parentes tem realizado a coleta de sangue, mas até agora não foi possível encontrar um doador compatível entre os familiares.

“A iniciativa fez com que nós ampliássemos o nosso leque e começássemos a campanha por mais doadores, contanto com o apoio dos órgãos responsáveis em realizar esse trabalho, para ajudar não só à vida da minha sobrinha, como também de centenas de pessoas que estão na fila de espera”, ressaltou.

Eliany Nascimento é servidora da Sesa e descobriu a doença em julho de 2016, durante uma viagem de férias. Atualmente, ela está em tratamento em São Paulo (SP), onde faz sessões de quimioterapia, mas a única esperança da jovem é o transplante de medula óssea.

Além de Eliany, o cadastro também pode ajudar milhões de pessoas de todo o país e, consequentemente beneficiando o tratamento de cerca de 80 doenças em diferentes estágios e faixa etárias.
A estudante Rayane Santana, disse que é amiga de Eliany desde infância. Quando soube da campanha, por meio das redes sociais, resolveu se cadastrar no Redome na esperança de ajudar amiga ou outras pessoas que necessitam do transplante de medula óssea.

“Esse ato de solidariedade é importante, pois soube que quanto mais pessoas fizerem o cadastro, maior a possibilidade de salvar uma vida, porque a chance de um encontrar um doador compatível é em média um em cada 100 mil”, disse.

Saiba como se cadastrar
Para doação de medula óssea, o voluntário deve ter boa saúde e, no mínimo, 18 anos de idade. O cadastro pode ser realizado diariamente no Hemoap. O voluntário deve levar CPF e a Identidade e após preencher um formulário, é coletado apenas 5ml de sangue, que será utilizado para descobrir o código genético.

Os dados são remetidos para o Redome, e caso seja encontrado algum compatível, o voluntário é convocado para se submeter a uma bateria de exames que irá comprovar a compatibilidade com o receptor. O transplante consiste em uma pequena intervenção cirúrgica nos ossos da bacia – realizada em aproximadamente 90 minutos – onde é aspirada à medula óssea. O receptor se submete a um tratamento que destrói a própria medula para receber a coleta do voluntário, como se fosse uma transfusão de sangue. Essa nova medula óssea é rica em células chamadas progenitoras que, após mergulharem na corrente sanguínea circularão e irão se alojar na medula óssea, onde se desenvolverão.


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