Política

Reunião transfronteiriça debate relações de ingresso de pessoas entre Oiapoque e Guiana Francesa

Evento, aberto pelo governador Waldez Góes, acontece em Macapá.


Douglas Lima

Da Editoria de Política

 

O governador Waldez Góes (PDT) abriu na manhã desta quinta-feira, 16, no Sebrae, reunião da Comissão Transfronteiriça, com a presença de representantes do Brasil e da Guiana Francesa, na busca de consolidar as relações entre os dois países.

Um dos assuntos considerados mais importantes, no momento, está na pauta da reunião. Trata-se do ingresso de franceses no território amapaense, e de brasileiros no departamento franco. O assunto tanto é prioridade que no encontro há a presença da direção da Agência Nacional de Transportes.

No rádio, também nesta manhã, a deputada estadual Cristina Almeida (PSB), que compõe a bancada de oposição na Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (Alap), pediu providências imediatas para que a questão do transporte alternativo na fronteira seja regularizada, contemplando com justiça brasileiros e franceses.

A parlamentar denunciou que pessoas procedentes da Guiana Francesa, em número até de 20, atravessam o rio de balsa, desembarcam no Oiapoque, sobem nos veículos de transporte alternativo, pagando apenas 150 euros, em torno de quinhentos reais, mas quando brasileiros vão pra lá têm que desembolar R$ 10 mil, fazendo o mesmo procedimento.

“Essas pessoas do outro lado, que vêm fazer turismo, na maioria não param na cidade de Oiapoque, vêm diretamente para Macapá, divertem-se e não deixam encargo nenhum no estado do Amapá”, disse a deputada, para quem o governo brasileiro tem que impedir, logo, a relação desigual entre a Guiana Francesa e o Brasil.

O governador Waldez Góes, antes de entrar para a abertura da reunião no Sebrae, também no rádio, disse que a questão do transporte na fronteira é um assunto complexo e que, por ser assim, está na pauta da Comissão Transfronteiriça, inclusive com a presença da Agência Nacional de Transportes brasileiras e do órgão congênere francês.

Waldez revelou que provavelmente em março ou abril a Ponte Binacional deverá ser aberta provisoriamente para o fluxo rodoviário entre o lado francês e o lado brasileiro. Sobre a inauguração oficial, ele mostrou que ainda depende da infraestrutura que está sendo construída na cabeceira da obra, no município de Oiapoque. O governador avaliou que em razão do período invernoso, quando a construção é executada devagar, a Ponte Binacional ou Ponte de Oiapoque deverá ser aberta, pra valer, daqui a seis ou sete meses.


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