Política

Ueap desmente presidente do Conselho de Educação e diz que está regular

Isaias Loureiro reclama que entrevista de Eunice Bezerra teve viés político e tranquiliza egressos e alunos: “Cursos são reconhecidos e diplomas têm validade nacional”


Ramon Palhares
Da Editoria

 

Em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira, 24, ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), o chefe de registro acadêmico e pesquisador profissional da Universidade Estadual do Amapá (Ueap) Isaias Loureiro, garantiu que todos os cursos da instituição são reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) e, ao contrário do que afirmaram no dia anterior, no mesmo programa, a presidente do Conselho Estadual de Educação, Eunice Bezerra e o presidente da Câmara de Educação Profissional e Ensino Superior, professor Carlos Nilson.

“Lamentavelmente essa entrevista, desprovida de qualquer verdade, teve uma repercussão muito grande por causa da enorme audiência programa. No entanto, é importante esclarecer que não há qualquer tipo de problema, porque o próprio Conselho de Educação reconheceu os cursos da Ueap; isso eu asseguro na condição de pesquisador da instituição e servidor representante da Ueap junto ao MEC; o nível da reportagem, porém, foi muito impactante e causou um verdadeiro pânico nos alunos já diplomados e nos que estudam na universidade; só ontem recebi 27 alunos, visivelmente desorientados por causa do teor da entrevista; mas quero aproveitar esta oportunidade e tranquilizar os egressos e toda a comunidade acadêmica no sentido de esclarecer que todos os nossos cursos são reconhecidos pelo MEC e os diplomas têm validade nacional, repito, tanto que nossos ex-alunos, frequentemente, realizam cursos de mestrado e doutorado, que, para se inscrever, é necessário apresentar diploma reconhecido pelo Ministério da Educação”, pontuou.

Questionado, Isaias Loureiro admitiu que toda essa polêmica e a própria entrevista concedida por Eunice Bezerra possui viés político: “Claro que tudo possui um viés político, exatamente por causa da instabilidade institucional por qual passa a universidade em decorrência da falta de recursos para investimentos; mas o governo do estado e nossa bancada federal estão empenhados em resolver esse problema; o governo já está fazendo a sua parte, com repasse de R$ 700 mil todos os meses, e a bancada – graças à articulação dos senadores Davi (DEM) e Randolfe (Rede) – está empenhada no sentido de alocar recursos através de emendas individuais e de bancada.

Sobre a situação atual da universidade, Loureiro minimizou informações dando conta da falta de estrutura pessoal da Ueap: “Estamos trabalhando incansavelmente para que possamos manter toda a estrutura de pessoal em todos os setores por a Ueap tem uma função social muito importante; já estamos lançando edital de perda de vagas pra abrir o ‘Vestibulindo’, permitindo o acesso de mais alunos aos nossos cursos de graduação”.

O pesquisador destacou a política de pessoal da Ueap, em meio às notícias desencontradas sobre a falta de professores e técnicos na instituição: “Apesar das dificuldades financeiras flagrantemente existentes por conta da crise econômica nacional, realizamos concursos públicos para professores em 2012 e 2014 – inclusive eu mesmo sou do concurso de 2012 –, além de concurso público para técnicos administrativos, o que possibilitou possuirmos hoje um quadro permanente, e já estamos trabalhando uma politica de médio e longo prazo, com base nos excelentes resultados alcançados, tanto que nossos alunos nos orgulham com a conquista de prêmios em níveis regional e nacional por seus trabalhos acadêmicos. E do ponto de vista da legislação educacional – repito – a Universidade Estadual do Amapá está totalmente regularizada”.

 

Entrevista polêmica

No programa LuizMeloEntrevista desta quinta-feira, a presidente do Conselho Estadual de Educação, Eunice Bezerra, e o presidente da Câmara de Educação Profissional e Ensino Superior, professor Carlos Nilson, com a participação, ao vivo, por telefone, do governador Waldez Góes (PDT) e do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Na ocasião, a conselheira Eunice Bezerra informou que a Câmara de Educação Profissional trabalha na finalização da avaliação institucional dos 12 cursos oferecidos pela Ueap, no sentido de alertar a Reitoria da necessidade de cumprir com as normas exigidas pelo MEC, uma vez que o prazo para a validação dos diplomas dos já formados pela universidade está se esgotando, e alertou que caso as providências não sejam tomadas os egressos e os formandos ficarão sem poder atuar no mercado de trabalho. “s pessoas que se formam na Ueap vivem a situação constrangedora de no verso de seus diplomas constar a validade provisória do documento em razão do MEC ainda não ter reconhecido os cursos da instituição.

No que diz respeito às dificuldades financeiras da universidade, Randolfe Rodrigues propôs uma reunião no feriado de carnaval para buscar solução, o que foi de pronto aceito por Waldez Góes e pelos direção da Ueap, Conselho de Educação, Câmara de Ensino Profissional. O encontro, com data ainda não confirmada, também vai ter a participação de deputados federais e senadores do Amapáparlamentar amapaense em Brasília.

Waldez e Randolfe se dispuseram a trabalhar para alavancarem a Ueap. O governador prometeu que o governo vai investir para a construção do campus tecnológico da universidade na rodovia JK e que já tem em mãos o projeto para dotar o campi rural da instituição de toda a infraestrutura necessária. Ele lembrou que a folha de pagamento da Ueap, no montante de R$ 19 milhões por ano, é paga pelo governo e que, além disso, mensalmente são destinados R$ 700 mil para o custeio da universidade.

 


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