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Sesa lança projeto para fortalecer assistência prestada pela atenção básica

O primeiro momento busca identificar 90 técnicos para serem facilitadores das demais oficinas que vão acontecer na região sudoeste. Esses profissionais serão responsáveis por difundir o projeto de planejamento da reestruturação da saúde, a partir da APS.


A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), com o apoio técnico do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), lançou, na tarde desta quinta-feira, 23, o projeto de planificação da atenção à saúde no Amapá. O planejamento é embasado nas necessidades de reestruturação dos processos de trabalho a partir da Atenção Primária à Saúde (APS). O projeto consiste em uma série de intervenções de planejamento na APS – executada pelos municípios – para renovar o processo de trabalho dos servidores e o atendimento aos usuários nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

 

O secretário de saúde, Gastão Calandrini, explicou que essa iniciativa fortalece a assistência básica prestada pelos municípios. “Investindo na qualidade dos serviços de atenção à saúde nos municípios, temos um reflexo na eficiência da realização dos serviços, reduzindo internações e filas na atenção especializada, que atende a média e alta complexidade”, comentou.

Um exemplo do resultado que essa reestruturação pode trazer é com relação ao tratamento ofertado ao diabético. Se houver o atendimento preventivo na atenção básica, o usuário não precisa do serviço ofertado na nefrologia, já que a doença não progrediu.

De acordo com uma avaliação feita pelo Conass, no município de Santo Antônio do Monte, em Minas Gerais, em 2014, após a implantação do projeto de planificação na APS, o número de diabéticos que utilizaram o serviço na atenção básica, representou 97,7%, do total de pacientes que tratam a doença na rede pública de saúde, descentralizando o atendimento da atenção especializada.

“Atuamos no sentido de aumentar a resolutividade da atenção primária, que estando bem organizada, resolve 95% dos problemas de saúde. Com esse sistema organizado, a gente retém na APS 95 de cada 100 pessoas, o que diminui a pressão sobre os hospitais”, explicou o consultor do Conass, Eugênio Vilaça.

No Amapá, o processo para a implementação foi dividido em duas etapas, sendo a primeira por meio da realização de seis oficinas presenciais, com o desenvolvimento de atividades de dispersão e de tutoria, e a segunda é voltada para supervisão e aperfeiçoamento da estrutura organizacional.

Ao todo, o projeto deve atingir uma média de 1.800 trabalhadores da saúde nos municípios de Laranjal do Jari, Santana, Mazagão e Vitória do Jari. As oficinas serão realizadas mensalmente, terão duração de 120horas, com 20horas cada, sendo 16h presenciais e 04 de dispersão, totalizando 06 oficinas. A previsão para a conclusão da primeira etapa é em setembro de 2017.

Para a coordenadora de imunização do município de Laranjal do Jari, Ana Paula Lima, o projeto é importante e bem-vindo. “A gente sabe que muitas vezes a demanda nos hospitais é de atenção primária. Tendo esse fortalecimento, teremos um impacto positivo em toda a saúde”, ressaltou.


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