Cidades

Associação dos Magistrados do Amapá conduz a primeira eleição para diretor do Fórum de Macapá

O novo diretor do Fórum de Macapá, juiz Reginaldo Andrade, ressaltou que entre os grandes objetivos deste processo de escolha por voto direto estão a promoção da transparência e da legitimidade na administração da unidade. “A direção do Fórum agora funcionará mais conectada com as demandas e cobranças dos magistrados de 1º grau”, explicou.


A atmosfera era de alegria e satisfação desde a abertura dos trabalhos da Associação dos Magistrados do Amapá (AMAAP), na sexta-feira (24), quando foi iniciada a eleição direta para escolha do magistrado que irá ocupar o cargo de diretor do Fórum da Comarca de Macapá. Com um total de 49 juízes aptos a votar, sendo 36 titulares e 13 substitutos, foram computados 45 votos. O juiz Reginaldo Andrade foi eleito com 23 votos.

O novo diretor do Fórum de Macapá, juiz Reginaldo Andrade, ressaltou que entre os grandes objetivos deste processo de escolha por voto direto estão a promoção da transparência e da legitimidade na administração da unidade. “A direção do Fórum agora funcionará mais conectada com as demandas e cobranças dos magistrados de 1º grau”, explicou.

Para o Juiz da 3ª Vara Cível e de Fazenda Pública da Comarca de Macapá, Antonio Ernesto Amoras Collares, que também concorreu ao pleito e obteve 22 votos, o processo democrático é um avanço sem precedentes no TJAP. “Ao longo de 26 anos de instalação, e desde quando tomei posse com a primeira turma de juízes, é um fato inédito e uma reivindicação já antiga”, acrescentou.

O magistrado afirmou estar feliz de participar desta eleição, como votante e como candidato. “A democracia já está vencendo e desejo que o juiz Reginaldo efetivamente eleito faça seu melhor para representar os magistrados do 1º grau que o elegeram”, concluiu.

O pleito pioneiro, de iniciativa do novo presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (TJAP), desembargador Carlos Tork, seguiu sob o comando da presidente da AMAAP, juíza Elayne Cantuária. Segundo ela, a iniciativa da escolha direta só tem uma experiência precedente, na comarca de Souza, na Paraíba. “Apesar disso, nossa eleição é a primeira conduzida pela Associação de Magistrados”, esclareceu.

Para a titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Macapá, juíza Aline Almeida, magistrada que inaugurou a urna nesta primeira eleição, votar foi uma grande felicidade. “Essa eleição é histórica para a magistratura amapaense e uma demanda antiga, não só deste público, mas também de toda a magistratura brasileira, representada pela Associação de Magistrados do Brasil (AMB)”, esclareceu.

“Com esta eleição, o diretor do Fórum vai, pela primeira vez, refletir efetivamente uma representação autêntica dos magistrados da capital, por meio do voto direto”, complementou a juíza Aline Almeida.

Para o juiz, Rommel Araújo de Oliveira, o segundo a votar, a mudança no procedimento de escolha por meio do voto direto dos magistrados é um forte sinal de respeito aos juízes de 1º grau. “É um passo muito importante, pois quando partimos para uma eleição como esta, se estabelece um compromisso do juiz eleito com os seus eleitores e não apenas com o presidente do Tribunal que o indicou, como era no passado”, explicou.

De acordo com o magistrado o processo também demonstra uma parceria muito salutar desta instituição com o TJAP. “O desembargador Carlos Tork mostra, com esta iniciativa, uma sinalização de credibilidade aos envolvidos e ao juiz Reginaldo que foi eleito que, com certeza, terá a legitimidade conferida pela votação e o apoio da direção do Tribunal”, complementou o juiz Rommel de Oliveira.

Para o desembargador-presidente do TJAP, Carlos Tork, a descentralização da gestão é a mais sábia e a que melhor atende os anseios da Justiça do Amapá na atualidade. “Cada gestor tem seu modo de pensar, sua forma de conduzir, mas estou animado com o processo todo, por sinal muito bem conduzido pela AMAAP. Tenho certeza de que teremos uma gestão realmente participativa”, acrescentou.

A eleição, iniciada às 08 da manhã na sede administrativa da Associação dos Magistrados, foi encerrada às 17 horas. Os juízes lotados no Fórum de Macapá puderam participar presencialmente ou por meio eletrônico, através de e-mail e whatsapp divulgado pela Associação.


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