Política

Promotores dizem que companhia estrangeira e fundo de investimento têm interesse na Zamin

A informação é dos promotores de Justiça Marcelo Moreira e Adilson Garcia, titulares das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente de Macapá e Santana, respectivamente, e Wueber Penafort, titular da Promotoria de Porto Grande


Paulo Silva
Da Editoria de Política

Uma companhia estrangeira e um fundo de investimento mostraram interesse em investir na mineradora Zamin Amapá e assumir 100% do controle, com previsão para pagamento de todos os credores trabalhistas em até 12 meses, pequenas empresas com dívidas de até R$ 50 mil mil  em curto prazo e investimento de U$ 130 milhões na recuperação do Porto de Santana.

A informação é dos promotores de Justiça Marcelo Moreira e Adilson Garcia, titulares das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente de Macapá e Santana, respectivamente, e Wueber Penafort, titular da Promotoria de Porto Grande, que participaram, nesta terça-feira (28/3), no Centro de Convenções do Hotel Jaraguá, em São Paulo, de audiência para tratar da recuperação judicial da Zamin, que reuniu os representantes dos principais credores da mineradora.

A assembleia dos credores da Zamim foi adiada para esta quarta-feira, quando deverá ser apresentado o plano de recuperação. Estavam presentes, ainda, os prefeitos de Santana, Offirnei Sadala; a prefeita de Pedra Branca, Beth Pelaes; o procurador do Estado Julhiano Avelar; o vereador de Santana Marco Aurélio e o advogado de Pedra Branca, Guilherme Bicalho.

Os membros do Ministério Público do Amapá (MP-AP) estão acompanhando todos os passos do processo de recuperação judicial da mineradora, para assegurar que os prejuízos causados aos trabalhadores, empresários e ao estado sejam devidamente sanados pela empresa, conforme reunião realizada no último dia 13, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça.

Naquela ocasião, os representantes da mineradora disseram que a única forma de honrar as dívidas deixadas pela Zamin junto a trabalhadores e empresários é a efetivação do processo de recuperação judicial em curso no Fórum de São Paulo.

Segundo o promotor de Justiça Adilson Garcia, a dívida habilitada nos autos da recuperação é de aproximadamente R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 8.159.120,87 com dívidas trabalhistas.

“Existem outros credores trabalhistas e várias ações foram ajuizadas contra a empresa Anglo American, que embora já julgadas, não constam no processo, porque a empresa assumiu as suas dívidas, em função da transferência integral do controle societário da Anglo American Amapá para a empresa Zamin Amapá Brasil em 2013”, explica Adilson Garcia.


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