Cidades

Autoescolas dizem que podem paralisar atividades

Informação é do diretor de comunicação do Sindicato das Autoescolas do Amapá, Geoval da Silva Costa; categoria estaria sendo incompreendida pelo Detran-AP


Douglas Lima

Da Editoria

As autoescolas do Amapá passam pelo pior momento de suas atividades, desde que existem no estado, com algumas na iminência de terem as portas fechadas.

A situação vexatória foi revelada para o público na manhã desta quinta-feira, 27, no programa LuizMeloEntrevista (Rádio Diário FM 90,9), pelo diretor de comunicação do Sindicato das Autoescolas do Amapá (Sincefocap) e proprietário da Autoescola Guanabara, Geoval da Silva Costa.

O sindicalista mostrou que além da crise pela qual todos passam no Brasil os donos dos estabelecimentos que trabalham com o ensino de condução de veículos ainda enfrentam problemas com a administração do Detran-AP que, segundo ele, mostra-se insensível aos problemas enfrentados pela categoria.

Geoval colocou que o setor sente muito a guinada de aumento de taxas exigida ultimamente.  No Amapá, os centros de formação de condutores ou autoescolas são 26, orientadas pela Portaria 770/2013, que as rege. Segundo ele, essa Portaria está ultrapassada em relação às últimas mudanças ocorridas no setor.

“A iminência de desemprego é uma realidade, bem como o fechamento dos centros de formação de condutores”, alertou Geoval Costa, opinando que essa situação é em muito decorrente da falta de diálogo com o Detran, que teima em não querer conversar com categoria.

O diretor de comunicação do Sincefocap antecipou que a não aproximação do Detran ensejou os donos de autoescolas a pensarem na possibilidade de um apitaço em frente o Palácio do Setentrião.
Geoval Costa ponderou que a manifestação em frente à sede do governo do Amapá poderá ser desconsiderada se o governador Waldez Góes receber a categoria, em palácio. Ele informou que uma audiência já foi pedida ao gestor.

O diretor reclamou que em alguns estados há isenção do IPVA, mas no Amapá, não. Também registrou uma queda na abertura de processos para habilitação em virtude de que hoje, com a crise, a habilitação deixou de ser primeira necessidade.

Outro problema apontado por Geoval da Silva Costa diz respeito ao Certificado de Segurança Veicular (CSV). A frota atual das 26 autoescolas é de 140 veículos. Para que cada carro seja recredenciado, através do CSV, o dono tem que ir a Belém, a quatrocentos quilômetros de Macapá, o local mais próximo onde o procedimento pode ser feito.

Uma Portaria obriga o Detran-AP a fazer o serviço, uma vez que a norma estabelece que quando num raio de duzentos quilômetros da sede do Departamento de Trânsito não existe empresa que trabalhe com CSV, o procedimento fica sob a responsabilidade do órgão.

O sindicalista informou que em Belém o Certificado de Segurança Veicular custa R$ 300, mas com a obrigatoriedade de levar o carro para aquela cidade, o custo sobe para cerca de R$ 2 mil.


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