Cidades

Iepa apresenta novos métodos de pesquisa e controle de vetor da doença de chagas

O evento, que teve início na terça-feira, 25, encerrou nesta quinta-feira, 27, no polo do Iepa no distrito de Fazendinha, em Macapá.


Agentes de endemias do município de Macapá participaram de um curso de capacitação para o combate das doenças de Chagas e esquistossomose, promovido pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnologias do Amapá (Iepa). O objetivo foi apresentar os mais eficazes procedimentos técnicos no controle de infestação dos insetos vetores e infecção causada por verme parasita.

O evento, que teve início na terça-feira, 25, encerrou nesta quinta-feira, 27, no polo do Iepa no distrito de Fazendinha, em Macapá. De acordo com o coordenador de entomologia do Iepa, Allan Kardec, a formação foi direcionada para o levantamento, coleta, identificação dos isentos transmissores da doença de Chagas, considerada um dos maiores problemas de saúde na América do Sul, América Central e México.

“Um dos principais meios de transmissão da doença de Chagas na região amazônica é oral. O barbeiro [inseto transmissor] é atraído por luz e, muitos deles, se concentram no pé do açaizeiro. Quando o alimento é recolhido sem a devida limpeza dos caroços, os insetos podem ser triturados e ingeridos junto com o açaí, disseminando a doença”, explicou.

A formação está sendo ministrada pela doutoranda Josiane Miller. Entre os assuntos, foram socializadas noções de vigilância epidemiológica, noções de entomologia, organização das operações de campo, entre outras.

Miller destacou que, no Brasil, existem 66 espécies de insetos vetores, que são hematófagos, conhecidos popularmente como “barbeiros”, por causa da preferência pela região do rosto, onde costumam sugar o sangue. Cinco dessas espécies vivem no Amapá. No ano passado, foram registrados e confirmados, 10 casos da doença de Chagas na comunidade do Torrão do Matapi, em Macapá, que computou 27 casos, no total. Este ano, foram confirmados dois casos.

A população também pode contribuir com as pesquisas. Basta coletar um desses insetos vivos em sacos plásticos ou potes de vidro e encaminhá-los para um dos polos de pesquisa do Iepa, na Avenida Feliciano Coelho, no bairro do Trem. Ou na Rodovia JK, no distrito de Fazendinha.


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