Cidades

Prefeitura e Justiça Federal inspecionam estrutura do Hospital Metropolitano

Obra foi iniciada em 2001, e paralisada por irregularidades em 2004.


Na quarta-feira, 26, representantes da Prefeitura de Macapá e da Justiça Federal fizeram visita técnica ao prédio do Hospital Metropolitano, na zona norte da cidade. A iniciativa é fruto da audiência feita no dia 18 de abril entre Município e Estado, por intermédio da Justiça Federal, que busca uma solução para o funcionamento do hospital. A prefeitura sinalizou o interesse em concluir as obras, desde que repasse a administração para o Governo Estadual, já que não possui recursos para a manutenção do mesmo em funcionamento.

Na visita, o juiz federal João Bosco Soares recomendou ao Município que mantenha um efetivo permanente da Guarda Municipal para evitar a depredação do espaço, já que em 2011 e 2012 a obra sofreu vários furtos e ações de vândalos. O magistrado firmou o compromisso de intermediar junto ao Ministério da Saúde (MS) a liberação do restante do recurso para a conclusão da obra, caso seja assinado o Termo de Cooperação entre prefeitura e governo.

“Se o Estado assinar o termo com o Município, se comprometendo a administrar o hospital depois de pronto, solicitaremos, junto ao MS, a liberação do valor que falta para a conclusão do hospital. Nosso esforço é para colocar esse lugar em funcionamento e impedir que essa estrutura continue sofrendo o desgaste do tempo e do vandalismo”.

De acordo com os levantamentos da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura Urbana (Semob), essas ações refletem em um acréscimo de mais de R$ 1 milhão. “O prédio só passou a ter uma ronda da Guarda Municipal a partir de 2013. Antes disso, todo tipo de ação de vandalismo foi feito, como furto de fiação e motores dos elevadores, por exemplo. De imediato, cumpriremos a recomendação e o prédio passará a ter um efetivo para resguardar o patrimônio”, disse o titular da Semob, Emílio Escobar.

Uma das alternativas apresentadas pela prefeitura é transferir parte dos atendimentos clínicos feito no Hospital das Clínicas Alberto Lima (Hcal) para o Metropolitano, na tentativa de desafogar o sistema de saúde estadual.

“O hospital em funcionamento é uma das opções para liberar leitos no Hcal e, consequentemente, desafogar a demanda de cirurgias ortopédicas no Hospital de Emergências”, informou a secretária municipal de Saúde, Silvana Vedovelli.

Participaram também da visita a promotora da Defesa da Saúde, Fábia Nilci; a procuradora-geral do Município, Taisa Medonça; o procurador do Estado do Amapá, Raul Sousa; o subsecretário municipal de Saúde, Eldren Lages; o secretário municipal de Assuntos Extraordinários, Evandro Milhomem e técnicos do Ministério Público do Estado do Amapá.


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