Cidades

Calandrini defende novo modelo de gestão para a área de Saúde

Secretário afirma que Conselho Estadual e todos os órgãos de controle foram ouvidos e participam do processo


Um dia depois do médico Roni Silva, conselheiro do Conselho Estadual de Saúde reclamar que a entidade não foi ouvida pela secretaria de Saúde (Sesa) sobre a adoção do novo modelo de gestão através de Organizações Sociais (OSs), o secretário Gastão Calandri afirmou na manhã desta quarta-feira no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) que todos os órgãos envolvidos no sistema foram ouvidos, inclusive os órgãos de controle externo. Ele contestou, também, a acusação feita pelo conselheiro, de que o novo modelo fracassou no país.

“Visitamos e elegemos como referência os estados do Pará e Goiás, onde esse deu certo e apresenta resultados altamente satisfatórios; é certo que também já ocorreram experiências desastrosas no Rio de Janeiro, Aamazonas e Bahia; o mais importante, porém, é nos referenciarmos em experiências positivas; entretanto, se ocorrer algum erro gerencial, e eu acho que isso não vai ocorrer, aí nós intervimos e realizamos um novo processo de licitação e qualificação, com uma nova OS (Organização Social) para fazer o gerenciamento, ou mesmo voltar o modelo atual, que sinceramente, não estamos satisfeitos com ele, por causa da prestação de serviços deficientes, que não é por culpa desta gestão e da gestão passada, por ser um problema nacional, e é vontade política do governador Waldez Góes fazer essa experiência”.

Segundo Calandrini, o processo foi discutido amplamente com os órgãos envolvidos no sistema: “Tivemos a preocupação discutir com o Conselho Estadual de Saúde, além de fazer uma apresentação prévia ao Ministério Público e às justiças estadual e federal; eu estive presente em todas as instituições apresentando esse modelo alternativo de gestão, dirimindo dúvidas então existentes, inclusive houveram vários questionamentos; o importante é que houve participação conjunta das instituições de controle”, esclareceu.

O secretário informou que a UPA da Zona Sul, a primeira unidade a funcionar pelo novo modelo começará suas atividades no início do segunda semestre deste ano: “O Edital estabelece que a primeira unidade a funcionar com esse modelo de gestão será a UPA da Zona Sul, que é nova, está sendo concluída, e o prédio será entregue pela secretaria de infraestrutura (Seinf) em junho, com previsão de atender 4.500 pacientes por mês, em várias especialidades médicas e exames laboratoriais, de Raios-X e pré-natais, funcionando 24 horas, o que vai descongestionar o pronto socorro (Hospital de Emergências). O valor estimado par operar é R$ 1,1 milhão por mês, incluindo pessoal, equipamentos, materiais de expedientes, insumos correlatos e medicamentos”.

Quanto ao equipamento da UPA da Zona Sul, Calandrini explicou que será totalmente bancado pela nova gestão: “A OS vencedora vai receber o prédio vazio, e ficará responsável pela aquisição de equipamentos, mobília, contratação de pessoal, enfim, por toda a parte de estrutura, e para isso vai ter condições de barganhar preços muito menores por não ficar atrelada à lei de licitação; se formos  comprar uma caixa de fosforo ou 11 aparelhos de Raio-X o processo leva no mínimo seis, além do fato de que para o governo o preço sai bem mais caro que para a iniciativa privada; vamos ter que implementar e botar para funcionar de qualquer maneira, com tudo muito bem fiscalizado e monitorado pela Sesa e pelos órgãos de controle, os quais convidamos para acompanharem todo o processo”.


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