Cidades

Secretaria Estadual de Cultura recebe choque de gestão

Elaborar projetos para depois captar recursos.


O secretário estadual de cultura, Dílson Borges, que assumiu o cargo há cerca de um mês, informou nesse fim de semana, no Curiaú, onde acompanhou a a Cortação do Mastro do Marabaixo, pelo grupo Berço do Marabaixo da Favela, que o órgão, por enquanto, passa por um choque de gestão para no momento certo começar a elaborar projetos e, posteriormente, captar recursos.

“Não podemos ir além disso, por enquanto, pois precisamos tomar pé da situação em que se encontra a Secretaria Estadual de Cultura. Uma comissão trabalha com afinco para logo podermos vir a elaborar projetos e assim conseguirmos recursos para incrementar o setor”, pontuou Dílson Borges.

O secretário de cultura tem participado de todos os eventos do Ciclo do Marabaixo, iniciado no Domingo de Páscoa, 16 de abril, indo até ao Domingo do Senhor, dia 18 de junho.

Sábado, 20, pela manhã, ele esteve no Curiaú, onde acompanhou a Cortação do Mastro pelo grupo Berço do Marabaixo da Favela. Dílson Borges chegou até a carregar um dos mastros cortados à margem esquerda da Rodovia do Curiaú, um pouco além da vila de mesmo nome.

Dona Gertrudes – A Família de Gertrudes Saturnino mantém a tradição de nossos antepassados e preserva a memória do povo que ajudou a fundar Macapá e lutou para que sua fé e cultura, e mais um ano festeja a Santíssima Trindade na Favela. Desde o início do festejo, o barracão é abrigo de devotos e marabaixeiros, que durante o Ciclo do Marabaixo fazem promessas, agradecem, dançam marabaixo e cantam os ladrões, se possível, até o raiar do dia.

Dona Gertrudes é a matriarca que ainda vive na memória da família e alvo de respeito. Nos anos 40 a negra já dançava, tocava e cantava marabaixo com outros descendentes de escravos na frente no Largo de São João, mais precisamente próximo da Igreja São José, até que foram deslocados para o Laguinho e Favela. Dona Gertrudes, como era costume, contou o fato em forma de ladrão, fez o verso “..pelo jeito que estou vendo, querem me deixar sozinho, uns vão para a Favela e outros vão para o Laguinho….”.


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