Cidades

Mulheres advogadas se preparam para disputar a presidência da OAB/AP

Movimento da Mulher Advogada no Meio do Mundo quer conquistas espaços em todos os setores da instituição e para isso prega união e igualdade de todos os gêneros


Coordenadora do Movimento da Mulher Advogada no Meio do Mundo, lançado em Macapá na última quinta-feira (22), a advogada Patrícia Barbosa anunciou neste sábado, no programa Togas&Becas (DiárioFM 90.9) ancorado pelo advogado Helder Carneiro, tendo na bancada os também advogados Wagner Gomes e Evaldy Mota, que o objetivo do movimento é agregar não somente as mulheres, mas também os homens para garantir isonomia em todos os níveis, garantindo a participação efetiva das advogadas na gestão da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), inclusive disputando a presidência da instituição.

“Essa semana aconteceu no Rio de Janeiro e está acontecendo nos demais estados o lançamento do movimento, e aqui no Amapá não poderia ser diferente; temos que empoderar a mulher; o lançamento do movimento aqui foi maravilhoso, com a participação de 40 mulheres advogadas e com a presença da coordenadora no Rio de Janeiro, a doutora Evelyn Melo; para isso a Adape tem a parceria com a Caixa de Assistência; temos que garantir não apenas o espaço, mas sobretudo o respeito, porque a mulher advogado não tem sido respeitada nem dentro da OAB; não falo só regionalmente, mas também a nível nacional; há muitas desigualdes, e constatamos claramente isso no âmbito de contratação, com salários diferentes, existem empregadores que preferem homens porque sabe que mulher vai engravidar, podendo ficar seis meses afastada; no Conselho Federal (da OAB) não tem nenhuma mulher, como também não tem mulher na diretoria; por isso precisamos nos engajar para conquistar os nossos espaços, inclusive disputando a presidência da OAB no Amapá”, avisou.

Patrícia ponderou que o movimento surgiu para combater o preconceito e a desigualdade, que segundo ela é muito presente no âmbito profissional: “O movimento não é de critica, mas uma ferramenta para dar condições às mulheres de participarem ativamente da realidade, das discussões; porém, vai bem mais além, com o combate ao preconceito e às desigualdades no âmbito profissional; ainda hoje escutamos juiz, promotor e até mesmo advogados indagarem ‘a senhora é tão bonitinha, ainda é advogada? É criminalista? É estagiária?’ Eu mesma já ouvi muito isso! Já ouvi advogados comentarem ‘você só ganhou (uma causa) porque tem os olhos bonitos’. Nosso movimento vai combater isso porque somos advogados, somos iguais; com força e determinação vamos conquistar o nosso espaço”.


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