Fim do foro levará parte da Lava Jato que está no STF para Moro, diz Randolfe Rodrigues
Randolfe acredita que o fim do foro não vai acabar com a corrupção no país, mas é o primeiro passo, pois se trata de um “privilégio descabido, inadequado”.
Paulo Silva
Editoria de Política
Na entrevista que vai ao ar nesta quinta-feira (20/7) o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirma ao programa Salão Nobre, da TV Senado, que o fim do foro privilegiado não interessa à classe política e só será aprovado com mobilização. Cinquenta e quatro mil pessoas têm foro privilegiado por prerrogativa de função no Brasil. Segundo o relator da proposta aprovada no Senado e encaminhada para a Câmara dos Deputados, não há situação semelhante no resto do mundo.
Randolfe acredita que o fim do foro não vai acabar com a corrupção no país, mas é o primeiro passo, pois se trata de um “privilégio descabido, inadequado”. Além disso, o relator argumenta que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve ser uma corte institucional, para resolver dúvidas sobre a Constituição, e não um tribunal penal.
Randolfe avalia que, se a proposta virar emenda constitucional, todos os processos que estão nos tribunais superiores voltarão à primeira instância. Ele cita como exemplo os processos da Operação Lava Jato, que estão no STF: “desceriam para a 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba e ficariam aos cuidados do Juiz Sérgio Moro e do procurador Deltan Dalagnol”. Porém, o parlamentar acredita que o fim do foro não é de interesse da classe política e só será aprovado se houver mobilização social. O Salão Nobre com o se nador Randolfe Rodrigues estreia nesta quinta-feira, às 19h30, na TV Senado.
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