Cidades

Operação Gota atinge Amapá e mais três estados da região Norte

Durante um período de seis meses, serão realizadas 16 missões, distribuídas em 157 dias e 488 horas de voo.


As populações ribeirinhas, rurais e comunidades indígenas de difícil acesso do país já podem atualizar suas cadernetas de vacinação por meio da Operação Gota. Para a realização da operação, o Ministério da Saúde repassou R$ 4,6 milhões para apoio logístico do Ministério da Defesa na região.

Iniciada em 2 de maio deste ano, a operação se estende até 9 de novembro junto às populações ribeirinhas, rurais e indígenas de oito distritos de Saúde Indígena (DSEI) dos estados do Amazonas, Pará, Amapá e Acre. Durante um período de seis meses, serão realizadas 16 missões, distribuídas em 157 dias e 488 horas de voo. Ao todo, são 953 tripulantes nas aeronaves da FAB, entre agentes de saúde estaduais, municipais, de saúde indígena dos DSEIs e pilotos.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da saúde, Carla Domingues, destacou a importância desta operação. “Esse trabalho é mais um exemplo das políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS), que buscam garantir a consolidação do direito à saúde. Esta ação viabiliza o acesso a todos os cidadãos brasileiros às vacinas fornecidas pelo SUS, de acordo com os preceitos constitucionais de equidade e universalidade dos serviços de saúde”, ressaltou a coordenadora.

As localidades, onde acorrem as ações, foram definidas em reunião no início deste ano com a participação de representantes dos programas estaduais de imunizações dos estados do Acre, Amapá, Amazonas e Pará. Também participaram da reunião, representantes dos oito DSEIs onde são realizadas as missões; equipe do PNI e representantes do Ministério da Defesa. A partir deste encontro, ocorrido em março deste ano, foram priorizadas as localidades de difícil acesso das comunidades rurais, ribeirinhas e aldeias indígenas, que serão visitadas pelas equipes de imunização.

LOGÍSTICA – Os representantes dos estados e DSEIs e pilotos da Força Aérea Brasileira são responsáveis por verificar as coordenadas geográficas destas localidades, conferir a melhor época para realização das missões – de acordo com o período climático favorável – e estipulam as horas voo necessárias para cada missão. São utilizados helicópteros e aeronaves de asa fixa, a depender da necessidade, e condições de acesso às comunidades. As equipes que realizam as missões são compostas por agentes de saúde estaduais, municipais, de saúde indígena dos DSEIs e dos pilotos da FAB.

Realizada desde 1993, o projeto é uma parceria dos ministérios da Saúde e da Defesa e estados e municípios. O objetivo é atualizar as cadernetas de vacinação dessas populações em áreas de difícil acesso do território brasileiro. Iniciada apenas no estado do Amazonas, após a notificação de surtos de sarampo em populações indígenas da região do Rio Juruá, a operação vem, desde então, ampliando seu escopo de atuação para atender também populações rurais e ribeirinhas de áreas de difícil acesso de outros estados.


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