Política

Vereador Rinaldo pede na Justiça anulação do aumento da tarifa de ônibus

Rinaldo falou, sobre o assunto, à noite dessa sexta-feira, 21, quando ainda não se tinha informação sobre a decisão judicial a respeito da Ação Popular.


O vereador Rinaldo, do Psol, entrou com Ação Popular na Justiça, nessa quinta-feira, 20, contra o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amapá (Setap), pedindo a revogação da decisão que autorizou o aumento da tarifa do transporte público na cidade de Macapá.

Rinaldo falou, sobre o assunto, à noite dessa sexta-feira, 21, quando ainda não se tinha informação sobre a decisão judicial a respeito da Ação Popular. A nova tarifa do transporte coletivo da capital está prevista para entrar em vigor neste sábado, 22.

Por meio da decisão do juiz Mário Mazurek, expedida pela 2ª Vara Cível e de Fazenda Pública, na última sexta-feira, 14, o Setap conseguiu, aproveitando o recesso escolar e da Câmara Municipal de Macapá, aumentar a passagem de ônibus. A tarifa, que era R$ 2,75, passará para R$ 3,25. A alegação do sindicato é que, sem o aumento, o serviço de transporte em Macapá ficaria inviável.

Segundo Rinaldo, o acréscimo aconteceu em um período que não possibilitou o diálogo com os demais setores da sociedade. “É, no mínimo, de má fé pedir aumento da tarifa quando a Câmara de Vereadores e os estudantes estão de recesso, não havendo possibilidade de fazer mobilização para impedir esse reajuste. Aumentaram nos bastidores, sem consultar a população”, reclamou o vereador.

Rinaldo relembrou ainda do último aumento, concedido em 2015, também sob decisão judicial, em que no acordo o Setap se comprometia em adquirir novos ônibus, com ar condicionado e serviço de wifi, entre outras condições. Porém, o sindicato não cumpriu a sua parte. “Não há justificativa para o trabalhador pagar R$ 3,25. O transporte público continua longe do ideal. Se o trabalhador não recebe reajuste salarial, por que os empresários querem aumentar a passagem?”, questionou o vereador.

Aumento “doerá no bolso” – Com a cobrança da nova tarifa de ônibus, que entrará em vigor neste sábado, 22, o estudante e o trabalhador que utilizam, em média, duas vezes ao dia o transporte coletivo, pagarão R$ 6,50 por dia, R$ 39,00 por semana e R$ 156,00 por mês. Levando a exemplo, uma família com três pessoas, tendo apenas um trabalhando e recebendo um salário mínimo por mês, de R$ 937,00, tendo que custear o transporte escolar do filho e o seu próprio, gastará em média R$ 312,00 por mês, mais de 30% do salário mensal.

“Acompanharemos judicialmente essa decisão injusta e incoerente. Nosso mandato ficará ao lado dos trabalhadores e estudantes, que não aceitam esse aumento abusivo. Não aceitaremos reajuste feito dentro de gabinete, que não discute com que será afetado diretamente”, afirmou Rinaldo.


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