Cidades

Para Edyr Pacheco, sem proteção à fúria do mar, ilhas do Bailique poderão ser dizimadas

Empresário e engenheiro afirma que moradores do Arquipélago têm que aprender a conviver com ‘terras caídas’ por se tratar de um fenômeno natural, mas pondera necessidade de se construir muro de arrimo, providência segundo ele cara, mas eficiente


O empresário e pecuarista Edyr Campos Pacheco comentou nas redes sociais sobre a repercussão nacional da reportagem publicada no Diário do Amapá sobre o fenômeno ‘terras caídas’, que consiste no avanço das águas do mar à terra e que as poucos está destruindo as ilhas do Bailique. Pacheco postou em sua conta do WhatsApp: “Esse fenômeno do Bailique, terras caídas, é natural, parem de criar chifre em cabeça de cavalo”. Amapaense, Edyr Pacheco que se encontra em Santarém (PA) a serviço foi contatado por telefone na manhã desta terça-feira pelo apresentador do programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) e ao vivo ele justificou o comentário:

– Eu venho acompanhado desde o ano passado essa polêmica, mas se trata de um fenômeno natural, todo mundo sabe que ‘terras caídas’ existe em toda a Amazônia, principalmente na região da Ilha do Marajó, e tanto cria novas ilhas e transforma outros locais em praias; não é diferente do que ocorre também em Santarém; o problema é que não protegeram o Bailique como protegeram a Orla de Macapá, por exemplo; a tendência é tudo cair, tudo acabar, tudo ser destruído; se não fizerem um muro de arrimo o Arquipélago vai desaparecer, vai cair quase tudo, é uma questão de tempo – previu.

Também engenheiro civil por formação, Edyr Pacheco criticou a falta de ações públicas: “O Trapiche de concreto que fizemos na época do João Henrique (ex-prefeito de Macapá) também vai cair porque depois não fizeram a proteção, não colocaram cascalho na lama para proteger, porque aonde só é movimento da maré a tendência é cair. É certo que a obra de um muro de arrimo é caríssima, além do fato de que aquela região do Bailique, da Vila Progresso é complicada, por ser muito funda, entre 13 e 14 metros; mas não é tão diferente da região do Rio Amazonas na frente de Macapá porque depois do trapiche a profundidade é a mesma, e só está caindo, em especial o muro da Orça do bairro Perpétuo Socorro por falta de manutenção, porque a obra foi bem feita, foi aterrada, em seguida levantado com concreto armado e depois veio o concreto”.

Para Edyr Pacheco, enquanto não se constrói o muro de arrimo a solução embora paliativa, remover os moradores mais para dentro das ilhas e é impedir a construção de moradias nas margens. Cético, ele disse que o Arquipélago está fadado à destruição: “Daqui milhões de anos talvez nem exista mais o Bailique, nem Macapá, nada, é coisa da natureza; os Continentes se separaram? Isso é um fato! Para evitar que isso ocorra é preciso muito dinheiro com ações imediatas, porque a influencia do Oceano já se faz sentir com a água salgada invadindo o Rio Amazonas, tanto que no mês de outubro nós sentimos em Macapá que a água é salobra”, finalizou.


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