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Idiossincracia nos dias do Brasil

É de admirar o que se passa no conflito do judiciário, onde os juízes assistem decisões do Ministro Gilmar Mendes que, até prova em contrário, inverte a castidade jurídica, bancando soltura de gente condenada.


Ulisses Laurindo – Jornalista
Articulista

No Brasil de hoje a idiossincracia é processo nunca antes imaginado que enrubescem os mais sensatos e ganha destaques junto aqueles que pensam em colocar como primazia seus interesses com pretextos aparentemente sadios que minam bases do sistema válido obrigatoriamente para cumprimento fiel da ordem democrática. É de se estranhar que haja tanto burburinho em torno da proposta da Reforma Política sempre desejada pela sociedade que se espanta com as aberrações relacionadas a financiamento de partidos que vivem de sacolinhas esperando meios para se manterem com vida própria sem dar bolas para melhoria da Nação.

É de admirar o que se passa no conflito do judiciário, onde os juízes assistem decisões do Ministro Gilmar Mendes que, até prova em contrário, inverte a castidade jurídica, bancando soltura de gente condenada. Quando a justiça entra em processo de divisão, imagina-se os estragos na sequência da ordem jurídica, bíblia de harmonia de todo poder.

Lembrando ainda a Reforma Política surgiu no meio dos debates propostas consideradas como obcenas como foi recebido um fundo partidário com alcance 3 bilhões e 600 milhões de reais e outras sugestões inverossímeis como a do semi presidencialista, para dar fim ao desencontro herdado pelo governo Michel Temer.

Pode serem bem intencionadas tais moções , sem ressonância no momento atual, por considerar que o semi, tirado da cartola de algum parlamentar, como o parlamentarista, proposto à Mesa por alguns deputados representa autêntica fuga do problema. Se, por obviedade, um ou outro poder vier a vingar no país é mais uma tentativa frustrada como já foi no impedimento de João Gourlart, na década de 60 e, depois de menos de um ano, o parlamentarismo se finou voltando ao presidencialismo igual guerra como à de hoje.

No meio de tantos modelos eles pouco merecem por estarem todos carregados com o vício da esperteza, valendo como lógica, registrar a tendência até agora sutil da grande mídia simpática às andanças em favor de Luís Ignácio Lula da Silva, com o intuito de voltar ao governo, visitando bases que considera como agradecimento dos seus eleitores, pelas migalhas oferecidas no seus anos de seu governo. Cada eleitor lógico, tem opinião formada do que seja um bom governo. Salvo os primeiros anos de Lula, quando ele se apoiou na política econômica herdada de Fernando Henrique, coadjuvada pelas importações da China, que recebia do Brasil valiosas cargas de mercadorias e, em troca, oferecia ao país de rádios de pilhas, ventiladores , etc, vindo, em poucos containers, contra o volume maciço enviado pelo Brasil em vários container ocupando vários navios.

Por fim, é dificil acreditar que no pleito de 2018, o eleitor não faça autoanálise do que está acontecendo ao país diante dos desacertos da política desenvolvida pelo PT, no qual o populismo foi a arma maior com reflexo na vida nacional, que hoje paga um preço muito alto, no desemprego , na saúde, na educação, na violência, onde os estados vivem em regime beligerantes com bandidos assaltando e matando as famílias que querem e precisam viver em paz. A devoção da mídia à renovação de um processo que trouxe a longo prazo infelicidade é ponto a pensar e lamentar, se for verdade.


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