Turismo

O MODELO PARAENSE

Amapaenses redescobrem o Pará


CLEBER BARBOSA
EDITOR DE TURISMO

A cidade de Belém (PA) costuma ser chamada de metrópole da Amazônia, uma alusão ao conglomerado de asfalto e concreto dos edifícios, casas e viadutos, onde moram quase dois milhões de pessoas. Mas não é só isso, felizmente. Nessa época do ano então, o Estado do Pará recebe turistas de todas as partes do Brasil e do mundo, afinal o Estado possui várias vocações e destinos turísticos. E até mesmo os amapaenses estão redescobrindo o vizinho estado, para onde costumavam viajar os estudantes do antigo Território Federal do Amapá, para cursar faculdade.

Na Paratur, o órgão oficial do turismo, a gerente-geral de Marketing da Companhia, Jacqueline Alves, informa que o mês de julho, depois de outubro, quando ocorre o Círio de Nazaré, é uma das épocas em que mais chegam turistas. “Mas é também o período em que se trabalha o turismo interno, quando os paraenses viajam dentro do próprio Estado”, sublinha.

Para o verão, várias cidades que possuem atrativos como balneários e praias se organizam um ano antes para garantir vaga no calendário de eventos que a Paratur coordena. “Na verdade, o turismo acontece o ano inteiro e esse planejamento todo é retratado no site da Paratur, além da folheteria que levamos a eventos de promoção e marketing no Brasil e no exterior, além dos anúncios em revistas especializadas”, explica a técnica.

Em Belém, o Diário do Amapá encontrou a servidora pública amapaense, Regina Nunes, 49, que disse já ter visitado o Pará em outras épocas do ano. “Mas nas férias realmente é muito melhor, pois todo mundo sabe receber e valorizar a presença do turista, desde um guarda de trânsito até um vendedor de água de coco”, disse ela, que viajou na companhia dos quatro filhos.

Acontecimento
Ainda de acordo com os organismos oficiais, o Pará teve um incremento no segmento do turismo de negócios e eventos, desde a inauguração do Centro de Convenções da Amazônia, o Hangar. “Belém sempre teve essa vocação mas tinha problemas de limitação, então o Centro trouxe a possibilidade de receber eventos nacionais e internacionais de grande porte”, destaca Jacqueline Alves, que acrescenta: “Mas não para por aí, pois nada impede que esse turista visite o Marajó, por exemplo”.

O turista que vai à Ilha do Marajó, pode praticar o ecoturismo ou o turismo rural. Nas praias, o de lazer e aventura. “Essa é a diferença, pois não temos um único tipo de turismo a ser ofertado”, derrete-se Jacqueline.

 

Onde ir e o que visitar no estado do Pará

O Diário do Amapá identificou polos turísticos que passaram a receber atenção do poder público e que dialoga com a iniciativa privada para o incremento das regiões como destinos tuísticos dentro do estado.

Marajó
O Marajó é o pólo turístico paraense em que o turismo ecológico está melhor desenvolvido. Na maior ilha fluvial do mundo, localizada na foz do rio Amazonas, as atrações vão desde a pororoca até a culinária. As praias do Marajó são recantos visitados não só por turistas paraenses. A região é constantemente visitada por estrangeiros e já foi tema de diversas reportagens para a televisão européia.

Xingu
Pela divisão que instituiu os pólos turísticos paraenses, esta microregião é representada pelo município de Altamira, conhecido como o maior do mundo em extensão. É dono de belas praias e de uma riqueza cultural muito bem preservada pelos descendentes de índios e portugueses da região. O rio que dá nome ao pólo é um dos principais corredores de pesca esportiva do Estado. A paisagem da região é completada por cachoeiras, corredeiras e praias de água doce.

Regiões turísticas muito bem definidas pela geografia e
apelo histórico
Sua rica natureza dotou o Pará de praias oceânicas e de água doce, áreas de floresta virgem, serras, lagos e muitos rios amazônicos. Foi dividivo em cinco Pólos Turísticos: Tapajós, Xingu, Araguais-Tocantins, Marajó e Amazônia Atlântica. Em Belém, praças, museus, museus e zôo valem o ingresso; o Marajó, com três mil ilhas, é o maior arquipélago flúvio-marítimo do planeta; a Oeste, destaca-se Santarém, chamada de Pérola do Tapajós; Salinópolis, tem mais de 20 km de praias de água salgada, dunas de areia fina e fonte de água mineral;

Belém
Obras como a Estação das Docas, Ver-o-Rio, Parque da Residência, Mangal das Garças, Feliz Lusitânia e Aeroporto Internacional de Belém ajudaram a impulsionar a atividade turística na capital, sendo atração permanente para pessoas de todas as partes do País e do mundo durante o ano inteiro e não apenas no Círio de Nazaré, que é uma época tradicional para o turismo no Estado.

Tapajós
O Pólo Natural do Tapajós tem várias atrações a oferecer, como o encontro das águas do rio Amazonas e do rio Tapajós em Santarém, belas cachoeiras e formações rochosas localizadas próximas a cidade de Itaituba, que permitem a prática de esportes radicais como rapel e escalada, além da exuberante fauna e flora. Ainda na região do tapajós, a 65 km do centro da cidade de itaituba, pode-se visitar o Parque Nacional da Amazônia, um dos maiores atrativos turisticos do Pará.
Araguaia
Também voltado para o turismo de aventura, este pólo concentra atrações como o torneio de pesca, que acontece anualmente no lago da usina de Tucuruí e praias fluviais, que só estão disponíveis ao público no verão amazônico.

CURIOSIDADES

– O Pará é dividido em 144 municípios, onde vivem um pouco mais de oito milhões de pessoas;
– Atualmente, a economia do Estado está focada em uma tríade que se baseia nas vocações naturais do território paraense: agroindústria, verticalização mineral,turismo e as comidas tipicas.
– O Estado oferece grandes atrativos turísticos, principalmente de origem natural.


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