Cidades

À exceção do Amapá e outros seis estados, privatização do saneamento perde força no país

Os sete estados já com estudos contratados são Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Pará, Pernambuco e Sergipe. Roraima, Rondônia e Rio de Janeiro ainda estão em fase de contratação. Segundo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)


Dos 18 estados inicialmente interessados, apenas sete tiveram estudos de viabilidade iniciados e são apontados como projetos que podem virar editais no próximo ano. Esse número, entretanto, pode cair ainda mais porque empresas contratadas pelo BNDES para estruturar os estudos reclamam de entraves políticos, principalmente pela proximidade das eleições.

Os sete estados já com estudos contratados são Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Pará, Pernambuco e Sergipe. Roraima, Rondônia e Rio de Janeiro ainda estão em fase de contratação. Segundo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) os demais Estados não manifestaram interesse firme em aderir. Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte são apontados como alguns dos Estados que voltaram atrás por resistências internas.

Analistas consultados pela reportagem explicam resistência maior ocorre em alguns estados onde os governadores vão tentar reeleição, por causa do desgaste popular da decisão de passar o controle das estatais para a iniciativa privada, diante do receio de elevados reajustes das tarifas para garantir investimentos necessários à melhoria dos serviços e aumento do faturamento. “Muitos governadores pisaram no freio por causa do impacto negativo que a transferência das estatais para a iniciativa privada pode ter nas urnas, além do receio de altos reajustes para a ampliação das margens de lucros e garantia de investimentos”, analisa o cientista político Carlos Rodolfo Humbler.

Nos sete estados que mantém a realização dos estudos, que estão sob a responsabilidade do BNDES, a perspectiva é que os relatórios sejam apresentados aos governadores até o final de dezembro deste ano. “Como a decisão final caberá aos governadores, dificilmente em 2018 eles se posicionarão, porque já estaremos em ano eleitoral”, pondera o cientista político, acrescentando que após a conclusão dos estados, por conta dessa resistência, possivelmente a decisão final será alongada com a realização de audiências públicas até o lançamentos dos editais, que não tem prazo fixado.


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