Nota 10

Artistas amapaenses retribuem recepção dada a eles na Guiana Francesa

Os francos, procedentes de Caiena, tiveram participação ativa nas atividades na União dos Negros do Amapá (UNA), envolvendo muita cultura afrodescendente amapaense com nuances da raça que habita o departamento ultramarino na fronteira norte do estado.


Uma festa familiar é a expressão mais apropriada à recepção que o médico psiquiatra e artista plástico Augusto Leite promoveu, nessa segunda-feira, 20, em sua residência, no Conjunto Residencial Mônaco, a uma caravana da Guiana Francesa que veio a Macapá para integrar a programação do Dia da Consciência Negra.

Os francos, procedentes de Caiena, tiveram participação ativa nas atividades na União dos Negros do Amapá (UNA), envolvendo muita cultura afrodescendente amapaense com nuances da raça que habita o departamento ultramarino na fronteira norte do estado.

Um dos pontos altos foi a tradicional exposição de artes visuais ‘Zumbiarte’, organizada pelo artista plástico Egídio Gonçalves. Como não poderia deixar de ser, a revolucionária Missa dos Negros, celebrada pelo Padre Paulo Roberto Matias, também foi marcante.

Após o contato com a programação do Dia da Consciência Negra, na UNA, houve a recepção na moradia de Augusto Leite e esposa Arliane. No Residencial Mônaco os guianenses tiveram tratamento VIP e bem familiar, estreitando ainda mais a relação e o intercâmbio cultural proposto pelo Termo de Cooperação entre a Guiana Francesa e o Brasil, por meio do estado do Amapá.

O encontro contou com o grupo musical de Saint Georges, Jeitinho Kriolo, comandado pelo músico guianense Edmard. O grupo impressionou a todos com seu pagode em francês e português, sem sotaque algum. A Laura do Marabaixo e suas alegres companheiras de dança, Neucirene, Joelma e Meire, deram um show.

Também participantes da festa, o advogado e músico Washington Caldas e sua esposa Edla Ribeiro brindaram os visitantes disponibilizando uma apresentação dos afinadíssimos Jacques & Jô, e do violonista Peterson. Washington, que já foi presidente da OAB-AP em dois mandatos consecutivos, participa de eventos culturais, inclusive resgatou a Banda Milionários R5, que surgiu no início da década dos anos 1970.
O consagrado artista plástico amapaense Wagner Ribeiro pontuou que o encontro na residência do doutor Augusto Leite coroou a trindade 1º Encontro Afroamazônico, acontecido em Caiena e sucedido pelo 3º Encontro das Artes, dia 10 de novembro, na Galeria de Artes Sumaúma, no Complexo Marlindo Serrano, em Macapá, e a exposição que o médico e artista fez na Estação das Docas de Belém do Pará, dentro do projeto na Estação das Docas de Belém.

Wagner explicou que a mostra em Belém marcou os 25 anos de formatura da turma de psiquiatria da Universidade Federal do Pará, da qual Augusto Leite fez parte. Foi a primeira exposição solo do doutor e artista, em sua terra natal, levando o maravilhoso Ivam Amanajás como convidado especial. Todas as obras da mostra foram colocadas à venda e adquiridas pelos visitantes, com parte do valor revertida para o Ijoma.

Quanto à festa oferecida aos guianenses, Wagner Ribeiro disse que foi apenas uma retribuição ao carinho, respeito e profissionalismo com osquais foram recebidos em Caiena, por ocasião do Encontro Afroamazônico.


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