Cidades

Promotoria da Educação realiza inspeção e reunião com gestores da Escola Municipal Raimunda Lima Guedes

A Promotoria constatou, ainda, que antes a Escola funcionava em um anexo cedido pelo Estado, mas teve que devolver e superlotar o atual prédio.


Objetivando melhorias e adequações para a Escola Municipal Raimunda Lima Guedes, localizada no bairro Marabaixo, a equipe da Promotoria de Defesa da Educação realizou, na manhã desta segunda-feira (11), uma inspeção e reunião com os gestores da instituição de ensino, no intuito de averiguar os problemas que atingem a unidade.

A escola atende cerca de 900 alunos do 1º ao 4º ano e o Educação de Jovens e Adultos (EJA). Problemas estruturais, repasse de verbas para merenda e reparos físicos são alguns dos problemas, contudo, a falta de climatização das salas é um dos maiores incômodos.


Durante a inspeção, foram visitadas as salas, banheiros, cozinha, corredores e demais áreas que compõem a escola para se ter o real conhecimento dos problemas relatados. O intuito das inspeções é realizar um levantamento e relatório das escolas, para que as devidas providências sejam tomadas por meio de ofícios, requisições, recomendações aos órgãos competentes, ações judiciais, etc.

O titular da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação, promotor de Justiça Roberto da Silva Alvares, disse que as inspeções não podem ser vistas como uma afronta ou com mau olhar pelos gestores. “Estamos aqui para ajudar. Sabe-se que o Amapá, dentre todos os estados brasileiros, figura com nota zero no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Isso é resultado de uma má gestão, reflexo de má estruturação e da falta de espaços físicos de qualidade para os nossos alunos. É sobre isso que estamos conversando. Sobre como podemos mudar esse quadro negativo. Como pode, com todas essas verbas para financiar a Educação, o Estado atingir um índice tão pífio, tão ordinário?”, argumentou Alvares.

Segundo a diretora da Escola, Silvana Sousa, o prédio não possui sala de professores ou para diretor, sendo uma sala pedagógica dividida para todos. “Nós temos salas com cerca de 30 ou 35 alunos que possuem apenas ventilador de teto com defeito. O ideal seria central de ar, estrutura física melhor, por exemplo, os nossos banheiros possuem deficiência na parte hidráulica, o que dificulta a utilização do mesmo pelos alunos”, ressaltou.

A Promotoria constatou, ainda, que antes a Escola funcionava em um anexo cedido pelo Estado, mas teve que devolver e superlotar o atual prédio. “Para crescermos no IDEB, precisamos de uma boa sala, estrutura digna. Por que a escola não volta a utilizar o anexo? Dessa forma, as crianças não estariam tão exprimidas nas salas quentes”, indagou Roberto Alvares.

“Estamos saindo do gabinete e vindo até às escolas, para que às coisas possam funcionar bem e direito. E há quase um ano desenvolvendo essas visitas, inspeções para averiguar e realizar um levantamento do que poderá ser feito, buscando soluções para os problemas que assolam nossas escolas, professores, alunos e a comunidade. Estamos com uma bandeira de eleições diretas para Diretores. Precisamos quebrar essa troca de favores entre a Direção das Escolas e o poder político detentor da nomeação. O nosso ponto principal é o melhor atendimento e valorização aos Profissionais da Educação e a infraestrutura”, finalizou o promotor de Justiça.

 


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