Política

Capiberibe afirma que ainda não decidiu se vai concorrer ao governo ou tentar a reeleição

Segundo o senador, a conjuntura política atual o obriga a ampliar a discussão com partidos e lideranças buscando um projeto político coletivo para garantir o desenvolvimento do Amapá.


O senador João Capiberibe (PSB) revelou na manhã desta quarta-feira (13) ao programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) que ainda não decidiu se disputará a reeleição ou concorrerá ao governo nas eleições de 2018. Segundo ele, a conjuntura política atual o obriga a ampliar a discussão com partidos e lideranças para a formatação de um projeto político coletivo que possa garantir o desenvolvimento do Amapá, que na opinião dele, “precisa ser tirado do fundo do poço” com a criação de políticas públicas para a exploração racional das suas riquezas.

“Eu não tenho um posição clara no que diz respeito à disputa das eleições de 2018, porque estou aberto às duas possibilidades (reeleição ou governo) pelo fato de que eu quero o melhor para o Amapá, mas não posso fazer isso sozinho e o Amapá precisa que todos que vivem no estado, que construíram e estão construindo família e patrimônio, que ajudaram a gerar riquezas ajudem o estado nesse momento difícil; em 2015 tivemos uma perda de 5,4% do PIB (Produto Interno Bruto), estamos regredindo; e para retomar o desenvolvimento é preciso amplo entendimento no campo político; não dá mais para colocar um governo do partido e deputados estaduais de outros partidos; precisamos de união, temos que ter reflexão política profunda antes de escolher, porque temos que eleger um nome que tem que tem projeto para o Amapá”.

Perguntado se ele pensa em apoiar candidatos de outros partidos, como da REDE, cujas maiores lideranças no Amapá são o senador Randolfe Rodrigues e o prefeito de Macapá Clécio Luís, o senador admitiu que assim, mas se for dentro de uma coalizão de forças políticas: “Sim, eu me disponho a ser candidato ao Senado ou ao governo, mas dentro de uma unidade maior, dentro de um programa. E dentro dessa percepção eu não tenho problema nenhuma de apoiar candidato de outro partido ou ser candidato; tenho conversado com muita gente inclusive área econômica buscando essa união de forças, porque o Amapá é viável, temos agricultura, mercado, floresta, minérios; enfim, temos riquezas, o que falta é coesão política para explorar de forma racional. Temos que assumir a tarefa tirar o estado do fundo do poço, esse é meu objetivo; por isso estamos conversando e estamos abertos a todos os partidos que de fato queriam trabalhar coletivamente pelo Amapá”.

Capí também falou sobre o convite feito pelo PSB ao ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa para ser o candidato do partido à Presidência da República: “Desde o ano passado o PSB vem conversando com o ministro e ele tem se mostrado muito aberto; na última segunda-feira (11) houve mais um encontro com vários deputados do partido e na semana que vem novos encontros acontecerão. Eu percebo que ele tem inclinação, ele tem uma admiração muito grande pelo PSB. É um nome interessante, fora dos partidos políticos, com experiência reconhecida no Brasil todo. A gente está com essa expectativa dele ser o candidato do partido à Presidência. Estamos trabalhando para consolidar esse projeto, para que o ministro Joaquim Barbosa aceite esse desafio”.

Reforma da previdência
Questionado sobre ser possível a aprovação da reforma da previdência na Câmara dos Deputados ainda este ano, Capí disse que não: “Acredito que não tem condição nenhuma de aprovação porque quem votar a favor dessa proposta que acaba com aposentadoria dos trabalhadores rurais e tira direitos da aposentadoria dos trabalhadores em geral vai criar um grande drama social na sociedade brasileira. Os deputados não são suicidas. Apesar de que ele (presidente Temer) estar ameaçando, ele não tem numero suficiente (308 deputados) para aprovar. E pelos meus cálculos ele  não vai ter esses votos”.


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