Política

Partidos e movimentos de esquerda fazem vigília na próxima terça-feira em Macapá

Evento, que acontece a partir das 17h na Praça das Bandeiras, é em apoio ao ex-presidente Lula, que será julgado no dia seguinte pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.


A Praça das Bandeiras, no Centro de Macapá, será palco na próxima terça-feira (23), a partir das 17h, de uma vigília reunindo a grande maioria das forças de esquerda do estado, em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que será julgado em 2ª instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, quando a sentença de pouco mais de 9 anos de prisão imposto pelo juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba, será confirmada ou não pelo Tribunal.

O presidente regional do PCdoB Luiz Pingarilho e o vice-presidente do PT no Amapá, Marcos Roberto, ambos advogados, falaram sobre o movimento na manhã deste sábado (20) no programa Togas&Becas (DiárioFM 90,9), apresentado pelo advogado Helder Carneiro e que tem em sua bancada os também advogados Wagner Gomes e Evaldy Motta. Segundo eles, a grande maioria dos partidos de esquerda, movimentos populares e sindicatos participarão da vigilância, que também ocorre, paralelamente, em todos os estados brasileiros e prossegue no dia seguinte em Porto Alegre e em várias outras Capitais.

“Nós reunimos ontem a Frente Brasil Popular, o Levante Popular, CUT (Central Única dos Trabalhadores), o PT, PCdoB e vários outros movimentos populares e sindicais para a realização dessa aula de cidadania e vigília na Praça das Bandeiras, que ocorrerá a partir das 17h da próxima terça-feira. Aproveito a grande audiência deste programa para convidar a militância, movimentos populares e sindicatos para participarem desse ato na defesa democracia, do estado de direito democrático, porque o Lula lidera todas as pesquisas e pela democracia o Lula precisa e merece ser candidato”, defendeu Pingarilho.

Para Marcos Roberto, o julgamento de Sérgio Moro foi político e não técnico, porque segundo ele não há qualquer prova de que o triplex do Guarujá, em São Paulo, motivo da condenação de Lula, seja de Lula: “Esse assuntos vem sendo debatido em todo o meio jurídico; tirando o lado político nós precisamos trabalhar na defesa do estado democrático de direito, em que as pessoas sejam julgadas tecnicamente. No julgamento o magistrado tem que atender a questão técnica, os autos do processo. Politicamente cada um tem uma opinião, mas tecnicamente é um só caminho. Infelizmente o juiz Sérgio Moro não se atentou ao que está nos autos, tanto que nesta semana aconteceu um fato extremamente relevante no processo, pois o triplex pelo qual Lula foi condenado e será julgado o recurso na quarta-feira uma juíza do Distrito Federal aceitou a sua penhora pela OAS (empresa construtora). Ora, se o triplex foi dado como penhora, então de quem é o triplex? Do Lula é que não é e nunca foi dele,por isso não há qualquer  possibilidade de ser mantida essa sentença absurda”.


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