Polícia

‘Geral do paiol’ morre durante intervenção do Bope em residencial de Macapá

Criminoso era responsável pela guarda e aluguel de armamentos de uma facção criminosa. Na linguagem do crime, ‘Bruninho’ Vilhena, de 30 anos, era considerado o ‘geral do paiol’.


Jair Zemberg – Da Redação

 

Conhecido na linguagem do crime como ‘geral do paiol’, que é o responsável pela salvaguarda, compra, venda e aluguel de armamento para ações criminosas diversas, Bruno de Vilhena Brito, de 30 anos, o ‘Bruninho’, tombou morto no final da madrugada desta quinta-feira (30) ao confrontar policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), em uma casa localizada no residencial Amazonas, na Rodovia Duca Serra, zona oeste de Macapá.

Segundo a polícia, havia informação de que Bruno estaria se preparando para fazer a disseminação de armas para integrantes da organização criminosa a qual ele pertencia e tinha voz de comando. Diante das informações, o Bope mobilizou suas companhias que foram a diferentes locais onde ele poderia estar homiziado.

Os levantamentos revelam que, para dificultar sua localização, o criminoso mudava constantemente de residência, e quase nunca dormia no mesmo lugar. Sem nunca ter trabalhado licitamente, Bruninho ostentava uma vida de luxo, inclusive, promovendo festas para ‘irmãos’ que eram regadas a drogas e garotas que atendem à facção.

O carro que ele usava para fazer o transporte e comercialização de armas nunca ficava no mesmo lugar em que ele pernoitava. A tática era fazer o ‘corre’, deixar o automóvel em um bairro e dormir em outro.

Na madrugada desta quinta-feira as companhias foram divididas. Ao chegar ao endereço onde a presença dele foi confirmada, os policiais cercaram o local, se identificaram e determinaram que ele saísse com as mãos para o alto.

A reposta do faccionado foram disparos de dentro da casa. Houve revide e ele acabou alvejado. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou o óbito. O corpo foi removido para o Departamento de Medicina Legal (DML) da Polícia Técnico-Científica (Politec). A polícia apreendeu com ele um revólver calibre 38 que pertencia a um lote de 30 armas que haviam sido roubadas de uma empresa de vigilância na zona norte da capital, usado no confronto.

O sistema de informações da polícia revelou que contra o geral do paiol havia 21 processos criminais em aberto, sendo a maior parte pelos crimes de roubo (Art.157) e homicídio (Art.121).


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