Política

Oposição, com Randolfe e Lindberg à frente, protagoniza confusão no Senado

Tumulto ocorreu durante debate sobre reforma trabalhista.


https://www.youtube.com/watch?v=Bx4ntrCBwI4&feature=youtu.be

O senador pelo Amapá, Randolfe Rodrigues (Rede), foi um dos protagonistas da confusão que tomou conta da sessão dessa terça-feira, 23, da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que tratava sobre a reforma trabalhista proposta pelo governo federal.

A confusão começou após senadores da oposição apresentarem pedido para adiar a leitura do relatório de Ricardo Ferraço. O requerimento foi rejeitado por 13 votos a 11. Após a votação, houve protestos e os senadores começaram a discutir mais uma vez o adiamento da leitura do relatório.

O senador Tasso Jereissati se preparava para passar a palavra para o relator Ricardo Ferraço fazer a leitura quando Lindbergh Farias (PT-RJ) foi em direção ao relator dizendo que a oposição não ia permitir a leitura.

Houve, então, gritaria, empurrões e os senadores ficaram exaltados.

Confusão na sessão da CAE que analisava o parecer de Ricardo Ferraço sobre a reforma trabalhista.
Lindbergh Farias e Ataídes Oliveira (PSDB-TO), mais exaltados, precisaram ser contidos por colegas e até seguranças. Parlamentares contrários à reforma se dirigiram, em seguida, à mesa e fizeram um cordão de isolamento para impedir a leitura do relatório.

Nesse momento, Ataídes e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) trocaram acusações. O senador tucano, gritando, precisou ser contido por Otto Alencar (PSD-BA).

A sessão então foi suspensa pelo presidente da comissão, senador cearense Tasso Jereissati (PSDB). Algumas pessoas que estavam na plateia acompanhando a reunião da comissão gritavam palavras de ordem contra o presidente Michel Temer.

Depois de mais de uma hora de suspensão, Tasso considerou o relatório lido e concedeu a vista coletiva. E a reunião foi encerrada.

https://www.youtube.com/watch?v=dmzAFxrbxIw&feature=youtu.be

 

Nota de esclarecimento

Não é novidade para o país que a base de apoio do governo Temer tem tentado aprovar com urgência propostas de reformas, trabalhista e previdenciária, que retiram direitos fundamentais dos trabalhadores e aposentados. No dia de hoje, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, por meio de uma manobra regimental, sem sequer ter sido publicado o relatório, foram concedidas vistas coletivas para que o projeto possa ser aprovado nos próximos dias. Não concordei com essa manobra, apresentei Questão de Ordem que evitaria a leitura do relatório no dia de hoje, e fui duramente atacado por quem sustenta um governo notoriamente corrupto. Isso foi dito, e repito em alto e bom som, como tenho feito dia após dia. Se trata de uma crítica política, subsidiada em indícios claros que se apresentam cotidianamente em todos os noticiários, jornais e, mais importante de tudo, nos autos de inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal. O governo do senhor Temer é um governo corrupto. Disse isso hoje ao senador Ataydes Oliveira, primeiro suplente do saudoso senador João Ribeiro, e fui xingado gratuitamente por isso. Talvez por combater diuturnamente os casos de corrupção, ser chamado por alguém de corrupto não faz parte da minha rotina. Me senti profundamente ofendido e reagi prontamente. Sigo na defesa dos trabalhadores e aposentados. O povo não pode pagar a conta da crise. Fora Temer!

Brasíllia, 23 de maio de 2017

Senador Randolfe (Rede-AP)


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