Política

Advogados que captam causas de forma ilícita podem ser presos

Segundo Ericláudio, se forem flagrados em prática ilegal advogados poderão ser presos e os servidores públicos coniventes poderão até perder a função pública.


O secretário de estadual de segurança pública, Ericláudio Alencar, revelou nesse sábado no programa Togas&Becas (DiárioFM 90.9), apresentado pelo advogado Helder Carneiro, que conta em sua bancada com os também advogados Wagner Gomes e Evaldy Mota, que o Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AP) pediu o apoio da Sejusp para coibir a captação ilegal de causas, por advogados, no fórum trabalhista e nas delegacias de todo o estado. Segundo Ericláudio, se forem flagrados nessa prática os advogados poderão ser presos e os servidores públicos coniventes com a prática poderão até perder a função pública.

“Essa é uma prática odiosa e se constitui crime. O Código de Ética é muito preciso, e os bons advogados o obedecem, tanto que, em geral, os grandes advogados vivem bem, mas não enriquecem, porque ao receber o cliente os profissionais têm como obrigação saber se o caso se trata ou não de uma aventura jurídica, e isso tem que ser dito ao cliente, mas também há os maus profissionais que às vezes se apegam a uma fagulha de direito e querem transformar em montanha de dinheiro; eu fui chamado à OAB para que seja feito um trabalho conjunto para combatermos a captação de clientela na Justiça do Trabalho e nas delegacias, e nos colocamos à disposição; e inclusive vamos autuar e prender aqueles que porventura praticam essa ilegalidade, porque além de ser uma prática criminosa também causa muitos sérios danos aos bons profissionais, através de uma concorrência desleal”, prometeu.

Ericláudio Alencar ponderou, ainda, que a captação de causas de forma ilegal em sua grande maioria é feita por não advogados a serviço de profissionais: “Temos conhecimento, e vamos combater isso com rigor, que em grande parte essa captação ilegal não é feita por advogados, mas por pessoas a serviço de seus patrões, que são advogados, que também agem nos órgãos públicos junto a trabalhadores terceirizados; em todo lugar há maus profissionais, e estamos ultimando preparativos para combater essa prática criminosa; alertamos os nossos servidores que além de crime, essa prática também é falta funcional se o servidor público for conivente, podendo até mesmo perder o emprego; agora estou aguardando a presença da presidente do Tribunal de Ética da OAB, a doutora Sandra Alcântara (foto), para elaborarmos e logo em seguida executarmos esse trabalho”.


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