Pe. Claudio Pighin

Papa Francisco promovera missão evangelizadora


A instrução da “Conversão Pastoral da Comunidade Paroquial a Serviço da Missão Evangelizadora da Igreja”, da Congregação para o Clero,20.07.2020, focaliza muitos aspectos. Por exemplo, render a “evangelização como promoção para que as comunidades cristãs tornem-se cada vez mais centros propulsores do encontro com Cristo”. E o papa Francisco se pronunciou assim: “Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a nossa consciência é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida. Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nas normas que nos transformam em juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: «Dai-lhes vós mesmos de comer (Mc 6, 37).”

A Igreja de Jesus Cristo sempre se preocupa em estar presente na vida das pessoas e como melhor servi-las na ótica do Reino de Deus. O seu projeto vai além dos projetos humanos, porque é de Deus. E o Santo Padre, o papa Francisco, hoje deve ser fiel a Deus na sua missão, porque ele é sucessor de Pedro. O que me deixa, sobretudo hoje em dia, altamente triste é ver católicos que contestam o papa, dizendo que não o representam, talvez porque não satisfaça as ideologias deles. É bom esclarecer que o papa não é eleito por nós nem por partidos ou por qualquer um que o pretenda. Ele foi escolhido pelo Espirito Santo, isto é, por Deus.

Quando Jesus escolheu Pedro, não foram os apóstolos que o indicaram, mas foi o próprio Deus que o escolheu. Não reconhecer isso significa que estamos fora da Igreja de Jesus. É muito grave isso enquanto rompe a comunhão com a mesma Igreja que Jesus fundou. A Igreja não é um partido político; e tentar se espelhar nela para dar uma razão partidária é manipular a verdade, distorcer a verdade. O papa, fiel ao Evangelho, conduz a Igreja rumo à salvação, a uma vida que fica para sempre.

Segundo alguns católicos, por sorte são poucos, o papa Francisco é comunista, faz política e assim por diante. O papa, como verdadeiro pastor, deve conduzir a Igreja conforme Deus estabeleceu e planejou. É evidente que esse pastoreio abrange tudo e afeta tudo. Justamente, com essa preocupação da missão evangelizadora, o papa nos ajuda como melhor realizá-la. Portanto, o nosso papel é saber escutá-lo e colocar em prática o seu ensino. Isto significa que, como bons católicos, devemos ser obedientes a ele e não desobedientes como alguns fazem. No lugar de duvidar e rejeitar, precisamos viver seriamente aquilo que o sucessor de Pedro nos orienta, porque é para o nosso bem, para uma vida infinita que nenhuma ideologia desse mundo pode nos dar. Duvidar de Pedro é duvidar do projeto de Deus. Aqui está em jogo a verdadeira felicidade da nossa vida.