Pe. Claudio Pighin

Pastoral da comunicação


A Pastoral da Comunicação (Pascom) é um instrumento de evangelização bem concreto e indispensável.

Não podemos considerar a Pascom somente uma atividade pastoral que se acrescenta as outras inúmeras atividades, para enriquecer a nossa ação evangelizadora. Ela é um especial instrumento que se insere em todas as atividades pastorais para rendê-las mais eficazes e fortes. Não serve a nada ter muitas atividades pastorais sem ter uma capacidade comunicativa. Pode se compreender melhor tudo isso, constatando certo desânimo, incapacidade e tristeza da nossa atividade pastoral evangelizadora.

Com isto, temos uma certeza: que não é a pastoral ou a evangelização a serem colocadas em discussão, mas, sim, a nossa capacidade comunicativa. Portanto, uma comunidade sem a Pascom coloca em risco a atividade pastoral e a evangelização.

A comunicação é a alma de tudo. Naturalmente, isso não é nunca uma ação individual, mas a realização em um contexto de participação comunitária. Ela exige uma constante formação, sendo uma ciência em contínua evolução. É uma estratégia que exige um planejamento capaz de identificar os pontos fortes e frágeis da comunicação atual e, portanto, precisa de pessoas preparadas, capazes de dialogar e, sobretudo, disponíveis para aprender.
É a única estrada a percorrer, porque é movida da mensagem de Jesus, que nos pede para anunciar a todas as pessoas o evangelho da salvação.

O que é que faz a Pascom? Educa comunicadores sociais comprometidos com a verdade. Ajuda as pessoas, inseridas na pastoral e profissionais da área, a fazer o uso prudente dos meios como o rádio, a televisão, o jornal, redes sociais e outros. Desenvolve uma ação de acolhida das pessoas na comunidade para fazê-las sentir a vontade como irmãos e irmãs. Organiza atividades formativas de comunicação e promoção humana em favor da comunidade, para que haja uma maior identidade entre o comunicador e o receptor. Empenha-se em desenvolver atividades de ação comunitária e de produção, por meio de jornais, audiovisuais, rádios, internet, fotografias, banners e outros. Cria porta-vozes das mesmas comunidades ou entidades diocesanas, ou religiosas, para que as informações se tornem oficiais, sem distorcê-las.

Participa dos debates sociais para dar a sua contribuição ao processo de democratização dos meios de comunicação. Celebra jornadas ou momentos comemorativos, seguindo as indicações do magistério da Igreja. O momento fundamental desta atividade é a avaliação de cada projeto e ação, para compreender até que ponto tem conseguido fazer comunicação. Muitas vezes, este ato determinante comunicativo não é tomado a sério em nossas atividades.

Concluindo: pela minha experiência de missionário e evangelizador posso dizer que os caminhos percorridos pelas nossas pastorais de comunicação são exclusivamente ‘pastorais dos meios de comunicação’. Portanto estamos bem longe da verdadeira PASCOM.