Ulisses Laurindo

Ágatha e Duda e o terremoto em Tóquio


Não só de vitórias e título foi a passagem de Ágatha e Duda pela capital japonesa. Campeãs da etapa de Tóquio do Circuito Mundial no último domingo, a dupla revelou que às vésperas da final foi surpreendida por um terremoto de quatro graus de magnitude – o maior do ano na capital japonesa – durante a madrugada. Elas contaram que se assustaram com os tremores e chegaram a acordar por conta dos intensos movimentos sentidos no hotel.

– Era 3h30 da manhã e o quarto todo balançando, então vimos que era um terremoto. Foi um susto enorme. Sensação de que o prédio vai cair. Graças a Deus estamos em um país sensacional e moderno, que sabe lidar com esses problemas. Mas o prédio não parava de balançar de um lado para o outro. A gente ouvia toda hora o som das molas – contou Duda.

Ágatha também comentou sobre o susto. “Espero muito que a gente esteja aqui no ano que vem e que não tenha terremoto na véspera da final, né? Gente, teve terremoto. Eu gostei (risos). Eu fiquei com muito medo. Foi a minha primeira vez. Eu confio muito nos japoneses, mas deu medinho, deu medinho sim”, disse Ágatha.
Quando Ágatha disse “estar aqui” no ano que vem, o desejo foi realmente literal. Isso porque a etapa do Circuito Mundial foi realizada no Parque Shiokaze, em teste para os Jogos Olímpicos. Em 2020 as medalhas do vôlei de praia serão disputadas exatamente no mesmo lugar. A única diferença será o tamanho da arena, que estará mais robusta, com maior capacidade para receber o público.

Apesar do susto por conta do terremoto, Duda afirma que o Japão está pronto para receber os Jogos e que a estrutura está aprovadíssima. “O torneio foi muito bom, foi uma prévia do que vai rolar em 2020. Nós aprovamos tudo. Os japoneses são sempre muito organizados. É impressionante, fazem acontece”, elogiou a jovem.

A corrida olímpica do vôlei de praia vai até o dia 28 de fevereiro do ano que vem. Ao todo, duas duplas por gênero se classificam para Tóquio 2020. Atualmente, Ágatha e Duda ocupam a segunda vaga para representar o Brasil no Japão. A primeira neste momento é das jovens Ana Patrícia e Rebecca.