Ulisses Laurindo

Brasil bem, mas sem exageros


O mais ciente agora é que os observadores e torcedores da seleção de futebol não comecem a apregoar que a vitória de 4 a 1, sobre o Uruguai, quinta-feira, em Montevidéu, seja um prenúncio de que é a grande favorita para vencer a Copa de 2018, na Rússia, admitido-se, paralelamente, várias outras questões que devem entrar em análise. O comportamento da equipe comandada pelo treinador Tite tem dado sóbrias razões para se acreditar em futuro sucesso, sem, contudo, incidir em risco maior, o de procurar índice mais distantes.

Tite, até hoje tem mostrado ser um profissional competente no diz respeito as funções nos limites do campo e, ainda, com sobejas provas de lideranças para comandar um grupo, aquele mesmo que se perdeu no tempo o treinador Dunga, capaz, igualmente, mas sem apresentar resultados positivos. No seu tempo, nas seis primeiras rodadas das eliminatórias, a seleção tinha sido derrotada e estava fora da zona de classificação, o que assustava a todo torcedor, pois o Brasil é o único que jamais ficou fora das Copas, desde 1930.

A sobrevivência de Tite na direção da seleção decorre de alguns fatores. Já falamos que ele tem conhecimento e também liderança para comandar o elenco . Ao lado disso, o treinador somou em seu tempo um conjunto privilegiado e, mesmo sem treinar, consegue padrão de jogo de excelência, naturalmente, em função da capacidade individual de cada um. Lógico que isso também pode ser creditado ao treinador que desde o inicio de suas convocações optou sempre por nomes repetidos, fato que hoje se revela, nas partidas, aonde os jogadores se entendem e chegaram a sétima vitória consecutiva na competição, feito nunca visto no calendário nacional.

O retorno da eliminatórias será em outubro e, até lá, haverá muito para observar novos jogadores, embora pela idade da maioria dos convocados da seleção de hoje poucos perderão seu status de grande jogador e, com o atenuante de estarem jogando no calendário europeu o mais conceituado do mundo.

Vale a pena falar um pouco da vitória sobre o Uruguai.Todos se lembrar o meio de campo Paulinho que atuava no Corinthians e chegou na seleção de Dunga, em 2014, com toda corda e titular absoluto. Sem se compreender as razões até hoje Paulinho foi diminuindo o seu futebol e ficou na reserva da seleção, que na mesma Copa levou o maior choque em Copa d Mundo: Alemanha 7, Brasil 1.