Ulisses Laurindo

Esporte brasileiro parado


As pandemias têm este trágico de colocar a cor luto no destino das pessoas, sendo, por isso, amaldiçoada pelo mundo inteiro. Esta do Coronavírus surpreendeu as pessoas quando elas viviam sonhos dourados, estacionados no supremo ideal da felicidade. Ao longo dos nove meses de vivência, o Covid-19, fez naufragar a quase unanimidade das atividades para todos na busca da felicidade.

 

O esporte, atividade na qual milito desde 1948 como competidor e jornalista, sofreu no período, desgaste que o fez parar no tempo. Atrasando o progresso que paulatinamente, desenvolvia, apesar da lentidão que caminhava. Um exemplo marcante é o futebol, maior do mundo, com os cinco títulos mundiais. Jogos de seus mais importantes campeonatos disputados sem público, injustificáveis na modalidade mais cara do processo.

 

Resultado, a longo prazo, os clubes ficarão sem sustentação financeira para arcar com altos salários e demais despesas em grandes agremiações. Mas o futebol tem força descomunal e não fica nunca em segundo, mas analisando a extensão do mal é incalculável o prejuízo técnico/financeiro.

 

O espaço não me permite seguir no profundo mal que a pandemia causou ao esporte brasileiro. Voluntariamente deixei para o final a matéria o esporte olímpico, sempre conhecido como “esporte amador”.

 

O grande mal começou com a transferência dos Jogos Olímpicos, de Tóquio, cancelado de julho deste ano, para o mesmo mês de 2021, ainda com a incerteza de realização, porque a OMS alerta que a pandemia dura em média uma década. Assim, Adeus Jogos Olímpicos. O bom é que não sejamos pessimistas.
No Brasil como todo o esporte dito amador sofreu um desgaste enorme, a exceção do voleibol, que criou seu centro olímpico e obteve resultados extraordinários.

 

Nos esportes individuais o Brasil conquistou algumas medalhas, mas por esforço pessoal dos seus atletas, nunca em razão pelo trabalho coordenado para o aproveitamento do talento dos atletas Brasileiros.

 

Países com menores potenciais que o Brasil se apresentam no topo dos jogos olímpicos com um montante de medalhas de ouro, exemplo que valoriza o atleta e o idealismo dos dirigentes em aparecer na grande competição do mundo. O Brasil com 210 milhões de habitantes é uma força que poderia ser explorada comparativamente e terem melhor resultados que adversários com menor população e território para se igualar ao Brasil.

 

Voltamos as pandemias esse mal que, felizmente aparecem no mundo de 100 em 100 anos, mas que destrói não só vidas, como ideais que caracterizam o ser humano. Pandemia nunca mais.