Ulisses Laurindo

Vasco na corda bamba


Hoje é um dia muito especial para os torcedores do Vasco que, esta tarde, às 17hh30m, em São Januário têm jogo de vida e morte pela última rodada da Série B, contra o Ceará, que nada mais aspira na competição, mas é o termômetro para definir o rebaixamento.

A história é a seguinte: sobem para a Série A, os quatro primeiros colocados, na Série B. O Vasco é o quarto, com 62 pontos, dois a mais do Náutico seu algoz perseguidor. No caso de vitória vascaína se afasta do time pernambucano que, mesmo que ganhe somaria 63. No caso de empate do time de São Januário e uma eventual vitória do Náutico, o time vascaíno continuaria na Série B. Portanto, hoje, só a vitória interessa e no caso de empate sobreviveria se o Náutico perder para o Oeste, condição pouco provável.

Foi vertiginosa a queda do time vascaíno a partir do segundo turno da competição, uma sombra do equilíbrio do primeiro turno. Levantaram-se várias hipóteses, sendo a mais corrente a de que faltou dinheiro pagar os salários, por isso, a caída. Entretanto, o presidente Eurico Miranda nega tal versão, atribuindo ao time a responsabilidade pelo fraco desempenho.

Ceni
O São Paulo, depois de tentativas frustradas, está correndo o mesmo risco quando contratou dois treinadores argentinos – Juan Carlos Osório e Edgardo Bauza – que acabaram sem colocar o time aonde os dirigentes queriam.

Agora, depois de pensar em ficar com Ricardo Gomes decidiu demiti-lo e contratar Rogério Ceni, lendário goleiro do clube e que fez muita história no longo período defendendo o time do Morumbi. A pergunta é: Ceni seria o treinador ideal para dirigir um time com a ambição e o prestígio do São Paulo? Depois que deixou de jogar e mesmo antes, Rogério Ceni demonstrou interesse em se tornar treinador. Motivado pelo próprio clube fez um rápido estádio na Europa e, na volta, já se projetou na função que não vai só depender dele para obter sucesso e, sim, da estrutura fomentada pelo clube. É tentativa que se espera dê certo.

Marcelo Oliveira
A vida de treinador é mesmo ingrata. Quando esteve no Cruzeiro e conquistou dois títulos brasileiros, Marcelo Oliveira era visto como um dos grandes.Foi para o Palmeiras e não deu certo. O jeito foi encarar o Atlético Mineiro e dirigiu o time também na Copa do Brasil. No Brasileirão ele se manteve até em condições de chegar à Libertadores. Veio a Copa do Brasil e, no primeiro jogo, no Mineirão, acabou sendo derrotado pelo Grêmio, por 3 a 1, sem pouca chance de reverter o resultado m Porto Alegre. Resumo da ópera: a diretoria não gostou e deu-lhe o bilhete azul.Mais um treinador desempregado.