Ulisses Laurindo

Violência afasta torcedores


O bom desportista ligado ao futebol não pode deixar de estranhar o que está acontecendo nas disputas dos Campeonatos de vários estados, principalmente no que se passa no Rio de Janeiro, que reúne clássico sem nenhuma’ atração, afastando o torcedor acostumado a ver bons espetáculos. Vários motivos concorrem para o desinteresse do torcedor, vindo, em primeiro lugar, a violência de meter medo a todo mundo. Também a ausência de craques em cada time em competição é fator importante para explicar o abandono das arquibancadas.

 

O que está acontecendo agora não veio de repente. Primeiro, a falta de mentalidade do que seja esporte afasta em muito a possibilidade de harmonia quando se trata de multidão. Como ele, torcedor, quase sempre não teve uma educação própria no esporte, entende que as suas manifestações são corretas e aí vem o desrespeito aos direitos dos outros. É o caso da briga nos estádios, protagonizadas pelas chamadas torcidas organizadas. Em grupo a força individual se revela e barbaridade é praticada. A violência, insustentável em qualquer gênero, é também para afastar bom contingente de pessoas que preservam sua integridade. Conclusão, sem bons jogadores em campo e a violência tomando conta do espetáculo, o jeito é a recusa, o que está acontecendo no futebol carioca.

 

Insatisfação
Os clubes de um modo geral só pensam em vitória. Quando acontece a derrota, o furor vira normal e o que poderia aceitável em o diagnóstico de incorreto. Essa situação é muito presente no relacionamento treinador e clube. Quando são contratados mil promessas são feitas, e que acabam virando pó. Vale citar atual situação do São Paulo e seu drama com Dorival Junior. No momento da contratação para melhorar o nível deixado por Rogério Ceni a ideia a melhor possível e que o novo treinador, habituado a grandes batalhas, seria o ideal. Pouco tempo depois Dorival passou a ser observado porque o time não vencia. Houve um teste no penúltimo jogo treinador venceu e foi prestigiado. Na quarta-feira, porém, diante do Palmeiras e o placar de 2 a 0, toda história virou e agora Dorival está na corda bamba e ainda não é decisão, mas a diretoria não vai demorar muito em dispensá-lo.Vida dura a de treinador de futebol.