Wellington Silva

Brasil Coringa e as portas do inferno: O golpe da impunidade!


Nunca na história política deste país e deste mundo velho de meu Deus se viu tanta bagunça jurídica e mudanças convenientes como a que estamos vendo no momento através da reprovação da prisão em segunda instância, com votação de 6 a 5 no Supremo Tribunal Federal – STF, a maior Corte do Brasil que deveria bem zelar pela moralidade e segurança do povo brasileiro.

Já internacionalmente considerado um caso sério e inédito, do avesso do avesso, o Brasil agora figura na contra mão da história como o único país do mundo a descaradamente permitir que o condenado comprovadamente condenado em segunda instância não seja condenado e por fim preso. Uma clara permissividade de protelação do processo e é claro, quem sabe posterior caducidade das acusações e provas que pesam sobre o réu.

Portanto, senhores e senhoras, as portas do inferno estão abertas!

E qual o impacto direto desta aberração jurídica sobre a sociedade brasileira, além da soltura dos arautos da corrupção, dilapidadores dos cofres públicos, promotores da recessão e agentes contribuintes do desemprego?

A liberdade imediata de aproximadamente quase cinco mil criminosos que preventivamente foram condenados em segunda instância!

Estaremos então vivendo o teatro do Suicídio da Sociedade (Le Suicidé de La Société), de Antonin Artaud (Marselha/1896, Paris/1948), poeta, ator, escritor, dramaturgo, roteirista e diretor de teatro francês, de aspirações anarquistas, ligado ao surrealismo, expulso do Movimento por ser contrário à filiação ao Partido Comunista?

Na sua visão, Artaud acreditava que “a ação do teatro leva os homens a se verem como são, faz cair à máscara, põe descoberta a mentira, a tibieza, a baixeza, a hipocrisia”.

Estaremos à beira de vivenciarmos o Circo do Coringa, onde o absurdo do crime domina e aterroriza a vida diária das pessoas em Gotham City?

O Coringa, também chamado de “Príncipe Palhaço do Crime”, foi um personagem criado por Jerry Robinson, Bill Finger e Bob Kane, em abril de 1940, considerado inimigo número um do Batman.

Historinhas à parte, olhos e ouvidos da sociedade brasileira de bem agora estão voltados à ação com resultados das 43 assinaturas de senadores favoráveis à manutenção da prisão em segunda instância.

A população observa a mobilização da Câmara Federal, Ministro Sérgio Moro, Ministério Público, juízes, promotores, procuradores de justiça, desembargadores e imprensa, em defesa desta causa. Não se pode permitir que esta aberração jurídica protelatória, recentemente aprovada, inédita no mundo ao não estancarem em segunda instância o crime e a corrupção, perdure para sempre e venha destruir a paz, a tranquilidade das pessoas, a moralidade e o cuidado com a coisa pública no Brasil.

Estamos vivendo o já popularmente chamado golpe da impunidade!

Então, lutar é preciso!