Wellington Silva

Rare Paulo Coelho!


Agora tornou-se cultural, na Funarte, envolver Deus em simples questões administrativas!

E então, não mais que de repente, transformaram o tradicional Festival de Jazz do Capão, Chapada Diamantina, na Bahia, em cavalo de batalha de cunho eminentemente político e religioso, negando completamente o apoio financeiro para a realização do conhecido festival.

Motivo dos “capitães” da Funarte:

É que os organizadores do evento declararam que o mesmo será antifascista, pela democracia e contra o preconceito, atitude que desagradou “deveras” a diretoria da Fundação.

Daí eu pergunto:

Não seria o parecer da Funarte uma expressão ou uma declaração eminentemente extremista, ridícula e descabida?

Chega a ser espantoso o fato de cada vez mais o fanatismo político e religioso ampliar raízes para irracionalmente tentar minar a cultura, a boa música, como sempre foi o Festival de Jazz do Capão.

Sinceramente, fico me perguntando o que os tais agentes públicos da Funarte desejam manifestar com o tal ato?

Apenas patrocinar “hinos de louvor” ou “odes” ao materialismo, ao fanatismo, ao extremismo político e religioso, navegando em águas nada cristalinas, mergulhados no lodo da pura ignorância?

“Ah! Cegos guias de cegos”, diria o Divino Mestre!

Mas, o que realmente chamou a atenção da sociedade brasileira e do mundo artístico foi justamente a imediata reação do mundialmente conhecido escritor Paulo Coelho.

Indignado com a situação, Paulo Coelho, autor de vários best-sellers tais como O Alquimista e Diário de um Mago, manifestou nas redes sociais imediato apoio financeiro para a realização do citado Festival, cobrindo assim despesas que os organizadores do evento teriam solicitado a Funarte, tecnicamente embasados na Lei Rouanet.

E então, o escritor e esposa disponibilizaram, como aporte financeiro, através da fundação Coelho & Oiticica (Paulo Coelho & Christina Oiticica), a quantia de R$ 145 mil reais.

Porém, deixou claro uma exigência:

Que o Festival de Jazz do Capão “seja antifascista e pela democracia”.

Mas quem ou qual brasileiro, em sã consciência, discordaria ou não aplaudiria a notável atitude de Paulo Coelho, um grande brasileiro, a Luz que mundialmente enobrece a mentalidade humana, transforma vidas, abre e mostra notáveis caminhos, novas possibilidades, em busca das grandes verdades eternas?

Rare Paulo Coelho!