Wellington Silva

Vamos falar de amor?


Vamos falar de amor?

A frase não é minha, é do genial Tim Maia que sempre a repetia antes de entoar a seguinte canção:

“Vamos falar de amor, vamos falar de amor… Eu preciso te falar, de encontrar de qualquer jeito, pra sentar e conversar…”

Vejam, enxerguem o cenário atual brasileiro da vida real:

14 milhões de desempregados, diversas pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza, aumento da criminalidade nas grandes metrópoles, domínio do tráfico nas favelas do Rio de Janeiro, em São Paulo e em outros importantes estados da federação, violência criminal juvenil nas escolas, enchentes, falta de saneamento básico e de qualidade de vida para a população.

Estas são as pautas atuais do dia-a-dia do noticiário nacional!

Então vamos falar de amor, de amor ao próximo, de amor aos brasileiros? Senhores candidatos, falemos de como reduzir a desigualdade social e a preocupante taxa de desemprego em todo o território nacional!

Vamos juntos dar as mãos, como diz a velha canção, e mudar o que for necessário mudar para o bem da grande coletividade brasileira!

Diria Erasmo Carlos:

“Este país não tem goleiro! Ninguém quer ficar no gol”!

Aos 55 anos, em seu último show gravado ao vivo em Niterói, na virada do ano (1.997/1.998), Tim Maia declarou o seguinte em entrevista:

“ Dois CIEP’s, eu só preciso de dois CIEP’s para tirar todas as crianças abandonadas das ruas do Rio de Janeiro. É muito fácil! É porque ninguém quer fazer”!

Analisando o nosso contexto atual qualquer bom observador desprovido de paixão política hoje logo percebe o padrão comportamental das ditas esquerda e direita como apenas rótulos de um passado distante. Obviamente, quando os interesses de ambos falam mais alto, evidentemente se aproximam e ignoram completamente as velhas brigas de cão e gato intensamente vividas, anos atrás.

O processo de globalização e de mundialização da tecnologia avançou tanto e as relações políticas e diplomáticas entre diversos países de diferentes culturas já estão tão conectadas que já não cabe mais o velho discurso ignorante, medíocre totalitário de esquerda ou direita volver.

O momento delicado atual que os brasileiros vivem exigirá das futuras autoridades eleitas e constituídas muita maturidade política, equilíbrio, serenidade, harmonização entre os poderes e poder de decisão de transformar o que for necessário transformar e revolucionar o que for necessário revolucionar para o bem de todos e felicidade geral da Nação.

Portanto, vamos falar de amor? Vamos falar de amor ao povo brasileiro?