Heraldo Almeida

20 de novembro: Dia da Consciência Negra


A Missa é o momento religioso da programação em homenagem ao mártir Zumbi dos Palmares, assassinado nesta data, que no Amapá é feriado estadual. No mesmo palco, padre, pais e mães de santo, líderes afrodescendentes e quilombolas comandam o ritual onde as orações e cânticos falam de liberdade, fé e de temas voltados para a luta dos negros, e são acompanhadas pelo som de cordas e percussão, com ritmos dançantes, das culturas religiosas católicas e de raízes africanas.

Bandeiras das comunidades tradicionais do Amapá, imagens de santos católicos, e de entidades da umbanda e candomblé, também se misturam no palco e na plateia. No momento da oferenda, frutas e pipocas, trazidas no início da missa por trabalhadores do campo e filhos de santo, são distribuídas para o público, simbolizando a fertilidade, fartura e partilha. O banho de cheiro é outro momento especial, onde a mistura de ervas, flores e incensos deixam o ar perfumado.

Após a celebração da Missa dos Quilombos, inicia a apresentação das 50 comunidades tradicionais do Amapá, que levam para o anfiteatro do Centro de Cultura Negra, o marabaixo, batuque, zimba, sairé e tambor de crioula. Até do dia 23 de novembro, durante 30 minutos elas se apresentam com roupas características, levando bandeiras ao som de  tambores, ladrões de marabaixo ou bandalho de batuques. (Mariléia Maciel – Assessora de Imprensa).