Heraldo Almeida

Carimbó: ritmo musical do Pará


O Carimbó é considerado um gênero musical de origem indígena, porém, como diversas outras manifestações culturais brasileiras, miscigenou-se recebendo outras influências, principalmente negra. Seu nome, em língua tupi, refere-se ao tambor com o qual se marca o ritmo, o curimbó. Surgida em torno de Belém (PA), na zona do Salgado (Marapanim, Curuçá, Algodoal) e na Ilha de Marajó, passou de uma dança tradicional para um ritmo moderno, influenciando a lambada e o zouk.

O município de Marapanim é considerado “A Terra do Carimbó”. Na sede do município e em outras localidades existem dezenas de conjuntos (grupos) de Carimbó, tais como: Flor da Cidade, Uirapuru, Raízes, Os Brasas de Marapanim, entre outros. O maior compositor de carimbó de todos os tempos foi um Marapaniense, mestre Lucindo Rabelo da Costa, nascido às margens do Rio Cajutuba. De rara beleza poética, as canções compostas por Mestre Lucindo falavam de mar, lua, sol, mulher, saudade, pescaria, pássaros, afim, de todas essas coisas que fazem parte do cotidiano do paraense nascido e criado na região do Salgado.

Em algumas regiões próximas às cidades de Marapanim e Curuçá, o gênero se solidificou, ganhando o nome que tem hoje. Maranhãozinho, no município de Marapanim; e Araquaim, em Curuçá, são dois dos sítios que reivindicam hoje a paternidade do gênero, sendo o primeiro o mais provável deles. Em Marapanim, na região do Salgado, nordeste paraense, o gênero é bastante cultivado, acontecendo anualmente o “Festival de Carimbó de Marapanim — O Canto Mágico da Amazônia”, no mês de novembro.

Na forma tradicional, é acompanhada por tambores feitos com troncos de árvores. Aos tambores se dá o nome de “curimbó”, bem parecido com o nome do próprio ritmo, uma corruptela da palavra carimbó. Costumam estar presentes também os maracás.

A formação instrumental original do carimbó era composta por dois curimbós: um alto e outro baixo, em referência aos timbres (agudo e grave) dos instrumentos; uma flauta de madeira (geralmente de ébano ou acapú, aparentadas ao pife do nordeste), maracás e uma viola cabocla de quatro cordas, posteriormente substituída pelo banjo artesanal, feito com madeira, cordas de náilon e couro de veado. Hoje o instrumental incorpora outros instrumentos de sopro, como flautas, clarinetes e saxofones.

 

  • Conselheiro

O jovem Fábio Sacaca foi eleito, na semana passada, o Conselheiro de Cultura do Amapá, na cadeira do Marabaixo e entra pra história por ser o primeiro.
Antes o segmento do Marabaixo fazia parte da cadeira de Cultura Popular, juntamente com o carnaval, quadra junina e religião de matriz africana.

 

  • Humor

Sábado (7) tem show de humor no Teatro das Bacabeiras, às 21h20, com o artista nacional Matheus Ceará. Ele é uma das atrações do programa A Praça é Nossa (SBT).

 

  • Velha Guarda

Na sexta (6) tem samba no Laguinho, com homenagens e roda de samba da velha guarda, desde 1971.
Será no Bar do Tio Duca (rua Eliezer Levy – Laguinho), a partir das 18h. Informações: 99175-9142.

 

  • Lançamento

Quinta (5) será o show de lançamento do 2º disco do maestro Manoel Cordeiro, “Guita Hero Brasil”, em Belém (PA), no Teatro Margarida Schivasappa, às 20h.
Com participação de Luiz Pardal, Almirzinho Gabriel, Júnior Soares & Ronaldo Silva (Arraial do Pavulagem), Olivar Barreto e Patrícia Bastos.

 

  • “Menu Du Jour”

Título do disco (CD) do amapaense Targino Neto, que reside na cidade de Paraíso do Tocantins (TO), desde 2003.
Na letra da música Menu Du Jour, o cantor e compositor diz: “Cardápio, carta magna dos bordéis/Arte rupestre no boteco da caverna/Papiros da babilônia/Amigo fiel dos boêmios, poetas e seresteiros…”.

 

  • Banzeiro

O Banzeiro do Brilho-de-Fogo estará presente no desfile de 5 de setembro (quinta), Dia da Raça, na avenida FAB, às 16h.
Nesta terça (3) será o último, na Praça Floriano Peixoto, às 19h.

 

  • Abraçando

Sábado (7) tem show “Abraçando Ronaldo Serra”, no Norte das Águas (Complexo Marlindo Serrano – Araxá), a partir das 20h, com Finéias Neluty e convidados.