Heraldo Almeida

Conheça a dança do Siriá


A mais famosa dança folclórica do município de Cametá é uma das manifestações coreográficas mais belas do Pará. Do ponto de vista musical é uma variante do batuque africano, com alterações sofridas através dos tempos, que a enriqueceram de maneira extraordinária.

Contam os estudiosos que os negros escravos iam para o trabalho na lavoura quase sem alimento algum. Só tinham descanso no final da tarde, quando podiam caçar e pescar.

Como a escuridão dificultava a caça na floresta, os negros iam para as praias tentar capturar alguns peixes. A quantidade de peixe, entretanto, não era suficiente para satisfazer a fome de todos.

Certa tarde, entretanto, como se fora um verdadeiro milagre, surgiram na praia centenas de siris que se deixavam pescar com a maior facilidade, saciando a fome dos escravos. Como esse fato passou a se repetir todas as tardes, os negros tiveram a idéia de criar uma dança em homenagem ao fato extraordinário. Já que chamavam “cafezá” para plantação de café, “arrozá” para plantação de arroz, “canaviá” para a plantação de cana, passaram a chamar de “síria”, para o local onde todas as tardes encontravam os siris com que preparavam seu alimento diário.

Com um ritmo que representa uma variante do batuque africano, a “dança do siriá” começa com um andamento lento. Aos poucos, à medida que os versos vão se desenvolvendo, a velocidade cresce, atingindo ao final um ritmo quase frenético.

A “dança do siriá” apresenta uma rica coreografia que obedece às indicações dos versos cantados sendo que, no refrão, os pares fazem volteios com o corpo curvado para os dois lados.

Tal como a “dança do carimbó”, os instrumentos típicos utilizados são dois tambores de dimensões diferentes: para os sons mais agudos (tambor mais estreito e menor) e para os sons graves (tambor mais grosso e maior). Os passos são animados ainda por ganzá, reco-reco, banjo, flauta, pauzinhos, maracá e o canto puxado por dois cantadores.

Também chamada pelos estudiosos como “a dança do amor idílico”, a “dança do siriá” apresenta os dançarinos com trajes enfeitados, bastante coloridos.

As mulheres usam belas blusas de renda branca, saias bem rodadas e amplas, pulseiras e colares de contas e sementes, além de enfeites floridos na cabeça. Já os homens, também descalços como as mulheres, vestem calças escuras e camisas coloridas com as pontas das fraldas amarradas na frente. Eles usam ainda um pequeno chapéu de palha enfeitado com flores que as damas retiram, em certos momentos, para demonstrar alegria, fazendo volteios. (www.cdpara.pa.gov.br)

 

  • Dança

Nesta sexta (1) tem Aulão Lady Style Salsa, com a professora de dança Tatiane Negrão, no Movie Lyve (altos da academia Phisical Center), av: Henrique Galúcio – Centro. Informações: 99114- 1843.

 

  • Começando

Programação de aniversário dos 261 anos da cidade de Macapá inicia nesta sexta (1), no Mercado Central com o projeto “Samba no Mercado”, às 20h. Atrações: Deize Pinheiro, Carlos Pirú e o grupo Perfil do Samba.
E no CEU das Artes (Infraero II), das 8h às 21h, com esporte, dança, contação de histórias, teatro, capoeira, exposições, etc.
A programação encerra no dia do aniversário da cidade, 4 de fevereiro, com as escolas de samba, na Praça Floriano Peixoto, às 19h30.

 

  • Matriz

Domingo (3) tem Samba da Matriz na casa de shows Dona Antônia, na av: Gal. Gurjão (lado do Teatro das Bacabeiras – Centro), às 17h.
O intérprete de samba enredo Nonato Soledade será a atração principal. Informações: 99126-6869.

 

  • Agenda

Nesta sexta (1) tem Rock’n Roll na casa de show Dona Antônia, 23h, com o Buscapé Blues (a lenda do Rock Papa-Chibé paraense).
Na av: Gal. Gurjão, ao lado do Teatro das Bacabeiras – Centro. Informações: 99126-6869.

 

  • Lançamento

Dia 4 (segunda) tem lançamento do livro “Até Que Ele Venha”, do apóstolo Ronery Brito, às 19h, no Macapá Shopping.

 

  • Samba enredo

Nove escolas de samba estarão se apresentando na programação de encerramento do aniversário de 261 anos de Macapá, 4 de fevereiro, às 19h30, na Praça Floriano Peixoto.
Pela ordem de apresentação: Império da Zona Norte, Emissários da Cegonha, Embaixada de Samba, Império do Povo, Solidariedade, Piratas Estilizados, Piratas da Batucada, Maracatu da Favela e Boêmios do Laguinho. A escola Unidos do Buritizal não se inscreveu.

 

  • “Cantando Macapá”

Nome do show que vai acontecer no Museu Sacaca, dia 8, em homenagem aos 261 anos da cidade de Macapá.
Atrações: Loren Cavalcante, Osmar Júnior, Brenda Melo, Amadeu Cavalcante, Nivito Guedes. A partir das 18h. Entrada franca.