Heraldo Almeida

Jorge Amado e o seu “Cemitério” Particular


Poesia é um gênero literário caracterizado pela composição em versos estruturados de forma harmoniosa. É uma manifestação de beleza e estética retratada pelo poeta em forma de palavras. No sentido figurado, poesia é tudo aquilo que comove, que sensibiliza e desperta sentimentos. É qualquer forma de arte que inspira, encanta e que é sublime e bela.

O escritor e poeta brasileiro, Jorge Amado, nos presenteou com muitas escritas como esse “Cemitério”. Guarde-o pra você.
“Tenho horror a hospitais, os frios corredores, as salas de espera, ante-salas da morte, mais ainda a cemitérios onde as flores perdem o viço, não há flor bonita em campo santo. Possuo, no entanto, um cemitério meu, pessoal, eu o construí e inaugurei há alguns anos quando a vida me amadureceu o sentimento. Nele enterro aqueles que matei, ou seja, aqueles que para mim deixaram de existir, morreram: os que um dia tiveram a minha estima e perderam.

Quando um tipo vai além de todas as medidas e de fato me ofende, já com ele não me aborreço, não fico enojado ou furioso, não brigo, não corto relações, não lhe nego o cumprimento. Enterro-o na vala comum de meu cemitério – nele não existe jazigo de família, túmulos individuais, os mortos jazem em cova rasa, na promiscuidade da salafrarice, do mau caráter. Para mim o fulano morreu, foi enterrado, faça o que faça já não pode me magoar.

Raros enterros – ainda bem! – de um pérfido, de um perjuro, de um desleal, de alguém que faltou à amizade, traiu o amor, foi por demais interesseiro, falso, hipócrita, arrogante – a impostura e a presunção me ofendem fácil. No pequeno e feio cemitério, sem flores, sem lágrimas, sem um pingo de saudade, apodrecem uns tantos sujeitos, umas poucas mulheres, uns e outras varri da memória, retirei da vida.
Encontro na rua um desses fantasmas, paro a conversar, escuto, correspondo às frases, às saudações, aos elogios, aceito o abraço, o beijo fraterno de Judas. “Sigo adiante e o tipo pensa que mais uma vez me enganou, mal sabe ele que está morto e enterrado”.

 

  • Campeão

Grupo de dança amapaense, Âmago, é campeão do Festival Internacional de Dança da Amazônia, realizado em Belém (PA), de 17 a 21 de outubro.
A conquista veio em duas categorias: Duo Contemporâneo e Conjunto Contemporâneo. O bailarino, coreógrafo e professor de dança, Pablo Sena, é o responsável pelo elenco tucuju. Parabéns.

 

  • Em estúdio

O cantor e compositor amapaense, Jean Carmo, está gravando seu segundo disco, denominado de “Outras Canções”. A gravação está acontecendo no estúdio Zarolho Records. Logo estaremos lançando esse projeto. Boa sorte.

 

  • Guitarrada

Dia 10 de novembro o músico amapaense, Beto 7 Cordas, estará homenageando o mestre Vieira, o rei da guitarrada, num show imperdível.
No Norte das Águas (Complexo Marlindo Serrano – Araxá), às 22h.

 

  • Conquista

Ministério da Cultura divulgou, nesta segunda (22), o resultado final do Prêmio Culturas Populares 2018, onde quatro projetos do Amapá foram contemplados.
Festival Cantando Marabaixo nas Escolas (Movimento Nação Marabaixeira), História da Comunidade do Curiaú Contada e Cantada Através da Oralidade (Esmeraldina dos Santos), Grupo Cultural Afro Ameríndia Tucujus (Ana Zilda) e Grupo Encontro de Casais de Mestre Sala e Porta Bandeira no Meio do Mundo (Alessandra Azevedo).

 

  • Gravação

Movimento Nação Marabaixeira vai gravar um disco (CD) de Marabaixo, e que será lançamento agendado para novembro (mês da consciência negra).
A gravação inicia dia 1º de novembro, no Studio Soledade. Sexta (26) tem reunião com representantes das comunidades, às 9h, na Secretaria de Turismo (Setur).

 

  • Carnaval

Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, já em processo de gravação, ao vivo, do DVD com os sambas das escolas do grupo especial de 2019.

 

  • “Armadilha”

Título da nova música de trabalho do cantor e compositor, Jorginho do Cavaco, que já está no repertório do novo disco do sambista. Parabéns.