Heraldo Almeida

Quando o samba vai ao cinema


O samba foi personagem de momentos gloriosos do cinema nacional. Do bom humor das chanchadas às dramáticas tramas do realismo do Cinema Novo, o gênero musical teve papel de protagonista, tanto na composição de personagens quanto na ambientação de tramas passadas no País.

O maior elo entre os universos do cinema e do samba foi sem dúvida a cantora Carmem Miranda. Ao ir para Hollywood, Carmem ajudou a disseminar a música popular brasileira mundo afora. Muitos foram os sambistas que viram suas carreiras deslancharem depois de tocarem na sala escura. A lista de notáveis inclui Ary Barroso, Vinicius de Moraes, Dorival Caymmi e Zé Keti.

Com a popularização do rádio e a chegada dos filmes sonoros ao cinema, nos anos 30, o samba ganhou de vez as casas e a vida dos brasileiros. Os dois novos meios de comunicação ajudaram a fomentar a indústria da música no país. Com enorme popularidade, os filmes produzidos por estúdios como Cinédia e Atlântida deram visibilidade a cantores, compositores e temas de sambas e de gêneros carnavalescos, como as marchinhas. Artistas, técnicos, músicos e sambistas conseguiram se estabelecer profissionalmente com seus trabalhos artísticos. Nesta época áurea da música, o desfile das escolas de samba foi incluído no calend&aac ute;rio de festas oficiais do Distrito Federal.

O cineasta, crítico e professor de cinema Sérgio Moriconi destaca o papel das comédias musicais brasileiras como primeiro espaço ocupado pelo samba no cinema. “Nesses primórdios, esse estilo ainda nem era conhecido como chanchada. Chamavam de filmes carnavalescos. Abriam espaço para as marchinhas, mas também traziam sambas, como os de Ismael Silva e Ataulpho Alves. Mário Reis era figura constante nas telas”, conta.
Após conquistar o território brasileiro, o samba ganhou o mundo e muito disso se deve à projeção de Carmen Miranda no exterior, após chegar à Broadway, em 1939, e, em seguida, a Hollywood, consagrando-se como estrela das telas. “No plano internacional, Carmen Miranda legitimou o samba como expressão da nossa cultura”, observa Moriconi.

A relação que Carmem estabeleceu entre o Brasil e os Estados Unidos foi tão forte que levou o empresário Walt Disney a criar o personagem Zé Carioca, apresentado na animação Você Já Foi a Bahia? (www.cultura.gov.br).

 

  • Parabéns, Macapá

Título da nova música de Amadeu Cavalcante em parceria com o poeta Wilson Cardoso, lançada nesta segunda (28), no programa “O Canto da Amazônia” (Diário FM 90,9).
Mais uma declaração de amor à cidade de Macapá, que completa 261 anos dia 4 de fevereiro. Parabéns, Macapá.

 

  • Aclamação

Wagner Pantoja foi reeleito, por aclamação, presidente da Associação Cultural Banco da Amizade. Parabéns e boa sorte.

 

  • Campeão

Sambista Meio Dia da Imperatriz sagrou-se campeão do festival de samba de enredo da escola Unissam, em Mosqueiro (PA).
O festival aconteceu no último final de semana. Parabéns.

 

  • “Abraçando Macapá”

Nome da programação que o Museu Sacaca vai realizar, de 5 a 8 de fevereiro, a partir das 9h.
Exposições diversas, poesia, dança, música, pinturas, visitação, gastronomia, etc.

 

  • Livro

Em breve o lançamento do livro que vai contar a história da Banda Placa, com mais de 30 anos de história. No aguardo.

 

  • “Karma”

Título de mais uma música da Banda Macacos Pelados, lançada no final de dezembro 2018.

 

  • Instrumental

Toda quinta, o Grupo Amazon Music se apresenta no Norte das Águas, a partir das 9 da noite, com vários convidados. Formado por Paulinho Queiroga (bateria), Vinícius Bastos (guitarra), Hian Moreira (baixo) e Finéias Nellut (teclado). Tocando clássicos da boa música instrumental.
No Complexo Marlindo Serrano – Araxá.