Heraldo Almeida

Tacacá: iguaria típica da Amazônia


O tacacá é uma iguaria da região amazônica, em particular do Pará, Acre, Amazonas, Rondônia e Amapá. É preparado com um caldo fino de cor amarelada chamado tucupi, sobre o qual se coloca goma, camarão e jambu. Serve-se muito quente, temperado com sal e pimenta, em cuias. O tucupi vem da tapioca (da qual se prepara a goma), são resultadosda massa ralada da mandioca que, depois de prensada, resulta num líquido leitoso-amarelado. Após deixá-lo em repouso, a tapioca fica depositada no fundo do recipiente e o tucupi, na sua parte superior.

Sua origem é dos indígenas paraenses e, segundo Câmara Cascudo, deriva de um tipo de sopa indígena denominadamani poi. Câmara Cascudo diz que “Esse mani poí fez nascer os atuais tacacá, com caldo de peixe ou carne, alho, pimenta, sal, às vezes camarões secos.”

O tacacá não é considerado uma refeição. É uma espécie de bebida ou sopa, servida em cuias e vendida pelas “tacacazeiras”, geralmente ao entardecer, na esquina das principais ruas das cidades nortistas. Na hora de servir são misturados, na cuia, tucupi, goma de tapioca cozida, jambu e camarão seco. Pimenta-de-cheiro a gosto.

O jambu é uma planta rasteira, companheira inseparável do tucupi na preparação dos pratos típicos da região norte, sobretudo do tacacá e do pato. Suas folhas, quando mastigadas, produzem leve tremor nos lábios e, talvez por isso, muitos o apontem como afrodisíaco. Antes de ser acrescentado nos diversos pratos em que é usado, o jambu deve ser ligeiramente aferventado em água com pouco sal.

O tacacá não pode faltar nos fins de tarde da população da Amazônia, e é tão significante, que os compositores da região incluem nos versos de suas canções, esse precioso alimento que já é cultural na vida do povo da região amazônica do Brasil.

 “Estação Lunar”
Na quinta, 14, inicia o projeto Estação Lunar, no balneário de Fazendinha, como parte da programação cultural do Macapá verão 2016. Às 19h. Serão três eventos até o final de julho.
Atrações: Contação de História – O Saci Que Não Tinha Uma Perna Só; Show musical com Lula Jerônimo; Raízes do Bolão; Nonato Leal; Naldo Maranhão; Hanna Paulino; Grupo Senzalas e Finéias Nelluty.

 “Alistamento”
Nome da exposição do artista plástico paraense, Éder Oliveira, que estará na Galeria de Artes Antônio Munhoz, do Sesc Araxá, do dia 15/7 a 19/8, às 19h.
Na abertura o artista vai apresentar retratos que tratam o tema do alistamento às Forças Armadas, comum na região amazônica. Faz parte do circuito Sesc Amazônia das Artes 2016.

Qualificar
Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro, apresentou ao ministro da Cultura, Marcelo Calero, (segunda 11), documento com sugestões de mudanças na Lei Rouanet.
A mais antiga ferramenta de incentivo fiscal à produção cultural do Brasil. O encontro foi no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea. (www.cultura.gov.br).

Homenagem
Músico violonista Nonato Leal, será homenageado pelo projeto Estação Lunar, quinta, 14, no balneário de Fazendinha.
Será um artista a cada quinta-feira, até o final de julho, quando o evento encerra. Justa homenagem ao renomado artista.

Carnaval Rio
Definida a ordem de desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, do grupo de elite.
Dia 26/2 (domingo): 1- Paraíso do Tuiuti; 2- Grande Rio; 3- Imperatriz Leopoldinense; 4- Vila Isabel; 5- Salgueiro; 6- Beija-Flor.
Dia 27/2 (segunda): 1- Ilha do Governador; 2- São Clemente; 3- Padre Miguel; 4- Tijuca; 5- Portela; 6- Mangueira.

Destaque
Músico percursionista amapaense e um dos mais respeitados tocadores de caixa de Marabaixo e tambor de Batuque, Nena Silva.
Já fez shows e gravou com os melhores cantores e bandas, do Amapá, em outros estados brasileiros e no exterior.
Merece o destaque e o registro da coluna.

Débito
Alguns artistas ainda aguardam o pagamento de cachês da Expofeira de 2015.
GEA já anunciou que este ano não ira realizar o evento por falta de recurso.