Douglas Lima

Bem e mal

O homem é mau por natureza. E bom, também por natureza. É o ambiente dele que dita que caminho ele segue – o do bem ou o do mal.


Cada pessoa é diferente da outra, na índole. Em traços físicos, nem tanto. Aquele ensinamento religioso de que todos nascemos com pecado, em virtude da desobediência de Adão e Eva, no Paraíso, sem dúvida é verdade. O homem é mau por natureza. E bom, também por natureza. É o ambiente dele que dita que caminho ele segue – o do bem ou o do mal. Mas Deus escolhe pessoas. Veja que de todas as mulheres do mundo Ele escolheu uma simples menina da simples região da Galileia, na também simples Palestina, para ser a Mãe de Jesus. Essas escolhas de Deus, que somente Ele mesmo compreende, salvam o mundo. Pessoas como Maria, Abraão, José do Egito, Madre Teresa de Calcutá, Santo Agostinho e uma variedade de anônimos são exemplos de como se deve proceder para o bem da Humanidade, da vida e da paz. Porém, aí mais uma vez uma coisa que só Deus compreende, os escolhidos geralmente têm uma existência difícil, é o caso, por exemplo, dos discípulos de Jesus. Todos eles, com exceção de João, foram martirizados, ou seja, mortos pelo homem porque eram arautos do bem. Pra concluir, como só Deus compreende, resta-nos a fé para aceitar e admitir que o que Ele faz é para o bem de todos nós. Afinal, isto também é verdade: o bem sempre vence; o mal só ganha batalhas, não a guerra.

 

Sonho
O sonho é inerente ao ser humano. Há quem diga que os animais chamados irracionais também sonham. O ser humano é racional, quer dizer, possui a razão, mas também é animal. Por isso, tem os seus momentos de irracionalidade. Já o bicho, o animal pra valer, age pelo instinto, o homem também tem o seu instinto. O instinto de fidelidade do cachorro é impressionante. Não diria o mesmo do instinto do homem. O gato é de uma gratidão maravilhosa. A quem lhe dá comida, ele sempre acompanha com carinho de dar inveja a qualquer ser humano. Mas o sonho é um fenômeno do homem e da mulher. Tem o sonho físico, que afeta a mente com imagens, pensamentos e fantasias. Especialistas dizem que o sonho tem a ver com o dia a dia das pessoas, mas também podem ser premonições. São famosos os sonhos interpretados por José do Egito e o profeta Daniel. E há o sonho da aspiração, da realização pessoal ou coletiva. Ah, esse tipo de sonho mexe com todos. Todos sonham conseguir alguma coisa. Abraham Lincoln, depois de muitos reveses, conseguiu ser Presidente dos Estados Unidos; Ghandi sonhou ser livre sem violência, e a Índia dele conseguiu se livrar da Inglaterra sem dar sequer um tiro; Martin Luther King Jr. sonhou dias melhores para o homem negro da América do Norte, conseguiu. Esses três grandes homens foram assassinados. Sim, mas não mataram os sonhos deles. Como também a grande maioria dos atuais políticos brasileiros não matará os sonhos do nosso povo de um dia virmos a ser uma Nação próspera, ordeira e feliz, independente deles.

 

Fatos da vida
Parece que a maioria das nossas lutas se refere a querer algo que não temos ou a possuir algo que não queremos. Nossos mais profundos anseios e nossos maiores desafios estão profundamente enraizados em tentar ver a mão de Deus nesses dois fatos da vida. É exatamente ali que começa o relato de Lucas a respeito do Nascimento de Jesus.

A idosa Isabel ansiava por gerar um bebê. Todavia, para a jovem noiva Maria, a gravidez poderia ser uma desgraça. Mas quando ambas souberam que teriam um bebê, aceitaram a notícia com fé em Deus, que havia escolhido o momento perfeito, e para quem nada é impossível (Lucas 1:24,25,37,38).

Quando lemos a história do Natal, talvez fiquemos chocados com o verdadeiro contexto de vida das pessoas cujos nomes se tornaram tão familiares. Embora Zacarias e Isabel sofressem com o estigma cultural de não terem filhos, eles foram elogiados porque “Ambos eram justos diante de Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos do Senhor” (v.6). E o anjo disse para Maria que ela achou graça diante de Deus! (v.30).

O exemplo deles nos mostra o valor de um coração que confia e aceita os caminhos misteriosos de Deus e a presença de Sua mão poderosa sem se importar quão perplexas possam ser as nossas circunstâncias. Para o cristão, a confiança deve acompanhar a provação. — David C. McCasland


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