Douglas Lima

Em que mãos estamos

A cabeça do povo, não sei como está no acompanhamento de tudo isso, mas a dos políticos continua voraz, nem aí para os destinos do país; querem apenas sobreviver, lotar ainda mais os seus currais.


Apesar de todas as prisões, escândalos, conduções coercitivas, vexames e escutas telefônicas propiciados primeiramente pelo Mensalão e, agora, pela Operação Lava Jato, a classe política continua a mesmíssima de todos os tempos, com raras, raríssimas exceções. Aliás que é bom nem falar das exceções, porque elas estão suprimidas pela grande desfaçatez que impera no país. A cabeça do povo, não sei como está no acompanhamento de tudo isso, mas a dos políticos continua voraz, nem aí para os destinos do país; querem apenas sobreviver, lotar ainda mais os seus currais. Neste ano teremos eleições gerais. Será que o povo vai deixar a política continuar assim?

 

Injustiça

Não escrevo, hoje, neste espaço, dou vez às seguintes preciosidades de Augusto Cury presentes no livro assinado por ele ‘Nunca desista de seus sonhos’: “(…) é necessário que os professores sejam valorizados e aliviados. Nunca uma classe tão nobre foi tão desprestigiada profissionalmente. Eles deveriam trabalhar menos e ganhar mais. Os professores da pré-escola à universidade deveriam ter um salário igual ou melhor do que o dos juízes, dos promotores, dos psiquiatras, dos psicólogos clínicos, dos generais, dos chefes de polícia. Por quê? Porque o trabalho deles é tão importante quanto de todos esses profissionais. Os professores educam a emoção e trabalham nos solos da inteligência para que os jovens não adoeçam em sua mente, não se sentem nos bancos dos réus, não façam guerras. Quem é mais importante: aquele que previne as doenças ou aquele que as trata? A medicina preventiva é, certamente, mais importante do que a curativa. Os educadores são os profissionais que mais contribuem para a humanidade. Todavia, estão em um dos últimos lugares na escala profisional”.

 

Um líder servo
Nas sociedades tradicionais africanas, a sucessão da liderança é uma decisão séria. Após o falecimento de um rei, toma-se grande cuidado ao selecionar o próximo governante. Além de vir de uma família real, o sucessor precisa ser forte, destemido e sensato. Os candidatos são questionados para se determinar se eles servirão ao povo ou se regerão com mão pesada. O sucessor do rei precisa ser alguém que lidere, mas também sirva.

Embora tenha feito suas próprias más escolhas, Salomão se preocupou com o seu sucessor. “E quem pode dizer se será sábio ou estulto? Contudo, ele terá domínio sobre todo o ganho das minhas fadigas e sabedoria…” (Eclesiastes 2:19). Seu filho Roboão foi esse sucessor. Ele demonstrou sua falta de bom senso e acabou concretizando o pior medo de seu pai.

Quando o povo pediu condições de trabalho mais humanas, Roboão teve a oportunidade de demonstrar uma liderança serva. “…Se, hoje, te tornares servo deste povo, e o servires…”, aconselharam os anciãos, “…eles se farão teus servos para sempre” (1 Reis 12:7). Mas ele rejeitou o conselho deles. Roboão não buscou a Deus. Sua dura resposta ao povo dividiu o reino e acelerou o declínio espiritual do povo de Deus (12:14-19).

Na família, no trabalho, na Igreja ou em nosso bairro — necessitamos da Sua sabedoria para termos a humildade de servir em vez de ser servidos. Um bom líder é um bom servo.


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