Douglas Lima

Espantando fantasmas

“A vida é assim mesmo. Como diz o filósofo, o hábito de falar mal dos outros pelas costas é próprio de mentes inseguras, que com palavras sobre seus conhecidos ou não procuram espantar fantasmas’.


Pela manhã de ontem, vi-me circunstancialmente numa brincadeira agradável entre quatro pessoas que à minha observação eram amigas. Todas elas, homens. A conversa girava sobre a intenção de um deles parar com a venda itinerante de água mineral, que realiza, para se estabelecer num comércio, e que para isso estava à procura de um ponto. De repente, como num passe de mágica, um deles saiu dizendo que um dos seus interlocutores era mandado pela mulher, coisa que, segundo o retirante, é típico do amapaense. Ao se distanciar um pouco mais do centro da conversa, tendo-me como testemunha, um dos que conversavam, e ficara no local, largou: “Ele fala em amapaense mandado pela mulher, mas ele é que é assim. Certa vez ele estava bebendo, aqui, quando a fêmea dele chegou, dizendo eu só quero que tu chegues porre, em casa, pra ver o que vai te acontecer. Logo ele parou de beber alegando estar sentindo alguma coisa no estômago; depois disso nunca mais colocou um gole na boca, sob vários argumentos, um deles que até se convertera, mas nunca vai a qualquer igreja. “Tô com medo de ir embora, porque sei que o próximo na língua de vocês vai ser eu, assim como estão fazendo com o negão que se foi”, reagiu a pessoa que quer ter comércio próprio. Eu, de minha parte, fiquei a imaginar: “A vida é assim mesmo. Como diz o filósofo, o hábito de falar mal dos outros pelas costas é próprio de mentes inseguras, que com palavras sobre seus conhecidos ou não procuram espantar fantasmas’.

 

Inversões

Política, no seu significado etimológico, é a arte ou ciência de bem governar o povo; arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou estados. Ora, a respeitabilidade dada à ciência é decorrente do seu critério de funcionamento: abordagem, experimentação e conclusão. Neste país, parlamentar condenado, recolhido na cadeia, continua tendo o cargo e o status de deputado. O pior: além da população pagar esses elementos como presidiários, ainda tiramos do bolso recursos para os remunerar como parlamentares. “É uma vergonha”, diria Boris Casoy. Mas há quem diga que isso acontece porque vivemos numa democracia que, por sua vez, significa governo do povo, para o povo e pelo povo. Outra falácia: o povo não manda nada. Só faz votar. Quem manda, quem governa, são os eleitos que não estão nem aí para os significados de política e democracia. E assim o Brasil continua desacreditado pelo mundo.

 

Do lado vencedor
Hoje são poucos os que creem na ideia pagã de que o mundo está sob o controle de deuses guerreiros como Artêmis, Pan e Apolo. Mas mesmo os mais céticos reconhecem prontamente a realidade de “forças” sobre as quais não temos controle. Por exemplo: eles atribuem a nossa incapacidade de evitar a violência, em vários lugares ao redor do mundo, ao que chamam vagamente de “forças internacionais”. E falam de “forças econômicas” além do nosso controle. Por exemplo, milhões de pessoas passam fome, apesar de haver comida mais do que suficiente no mundo para suprir cada pessoa na Terra.
A Bíblia reconhece claramente a presença de espíritos ou poderes invisíveis — mas muito reais. Na carta aos Efésios 6:11,12, Paulo declarou que nossa principal luta é contra um exército de anjos rebeldes, encabeçados por Satanás. A má notícia é que eles são mais inteligentes e poderosos do que nós. A boa notícia é que Jesus os derrotou em Sua morte na cruz: “…e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2:15).
Há muitas coisas que estão além do nosso controle, mas não precisamos temê-las. Nós, os que depositamos nossa confiança em Jesus, estamos do lado vencedor. Satanás pode vencer algumas batalhas, mas não pode vencer a guerra. — Herbert Vander Lugt.


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