Heraldo Almeida

Banda Mano Roots lança o disco ‘Estrada do Mazagão’


A banda musical amapaense, ‘Mano Roots, está preparando o lançamento, através de uma live, dia 31 de agosto, direto de Santana, de seu 1º disco denominado ‘Estrada do Mazagão’, que acaba de ser gravado. O lançamento será pelas redes sociais da banda a partir das 20h.

O cantor da banda, músico e compositor, Dylan Rocha, disse que por causa da pandemia do novo coronavírus o grupo ficou impossibilitado de realizar seus projetos, o que gerou crise geral com consequências nada boas na economia, na sociedade e na vida cotidiana.

“Os impactos na área cultura são extremamente acentuados. As instituições foram fechadas. As casas que se destinam às apresentações musicais cancelaram os shows e demais eventos. Os efeitos do distanciamento social atingiram a rede de produção e execução cultural. Nesse contexto a banda Mano Roots resolveu realizar uma live para divulgar o disco e arrecadar alimentos para contribuir com famílias carentes”, acrescentou.

Em 2003, um grupo de amigos se reuniu criando a banda que logo despontou no cenário amapaens. Eles transitaram pela MPB, choro, rock, carimbó, baião, mas se identificaram mesmo com o reggae, que foi mesclado com as batidas do Marabaixo, ritmo originalmente tucuju.

A banda apresenta um repertório inspirado na realidade da região, como identificado na música ‘Negrinha do Curiaú’, que retrata a beleza e cultura negra remanescente no quilombo do Curiaú, localizado na zona norte de Macapá. Também na canção ‘Estrada do Mazagão’ (título do disco), que aborda o conflito religioso entre mouros e cristãos durante a ocupação da região e a manutenção da tradição perpetuada na encenação na festa católica de São Tiago.

Na música ‘Gueto’, expressa os problemas sociais que atingem a cidade e o país, citando as drogas: “o crack se levanta/ te afasta da família, te escraviza e você cai/a precariedade do saneamento básico e a prioridade da preservação da natureza”. Nas letras ainda se vislumbra a declaração clara dos temas sociais que atingem humanidade: “O lixo enxotando as garças e a água declarando a falência da cadeia alimentar…”.

 

 

REPENTE: Repente, conhecido também como Cantoria, uma arte brasileira baseada no improviso cantado, alternado por dois cantores, daí o nome repente. O Repente na Cantoria de viola é desenvolvido por dois cantores acompanhados por violas na afinação nordestina.

 

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Olha meu bem
Os guarás que voltaram do sul
Esvoaçam e dançam alegres
Porque o céu do norte ainda é azul

Osmar Júnior

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Cult’Art

Na TV

Claudinei Assis Produções está lançando o concurso ‘Sua Música Na TV’, para incentivar e descobrir novos talentos da composição musical do país.
Vencedor terá sua obra gravada e vai fazer parte como trilha sonora da nova minissérie Justine, exibida pelo SBT. Acesse o link e envie sua música – www.pedrocanaan.com/concurso.

 

  • Convidado

Nesta quinta (13), 19h, estarei na live ‘Por Trás do Pavilhão’, projeto criado por Alessandra Azevedo e que destaca o quesito Mestre Sala e Porta Bandeira. Ela apresenta [no Instagram] todas as terças e quintas-feiras. Obrigado pelo convite.

 

  • Talento

A jovem Andriny Videira, 22 anos, é uma promissora Porta-Bandeira da nova geração do carnaval amapaense. Seu talento, técnica refinada e comunicação com o pavilhão lhe credenciam para um futuro brilhante.
Foi descoberta no 3º Encontro de Casais de Mestre-Sala e Porta-Bandeira no Meio do Mundo, em 2016. Hoje, ocupa o posto de 2ª PB de Piratas Estilizados ao lado de seu fiel mestre-sala, Lucas Rodrigues. Parabéns.

 

  • Futuro

Poetinha da Amazônia, Osmar Júnior diz que temos que combater a inquietude e compartilhar a plenitude da esperança. Que cabe a todos nós nos lambuzarmos de presente pensando no futuro.
“Cabe-nos perfumarmos com incensos e bálsamos, e abrirmos nossas janelas para o sol nos banhar de luz”, disse. (do livro Piratuba, A Cantoria do Lago – escrito por Fernando Canto sobre o artista).

 

  • Dificuldades

Artistas que sobrevivem literalmente da arte afirmam estar passando por dificuldades financeiras para sustentar suas famílias.
“Paramos nossas atividades no início de março e não temos data para retornar. Isso nos deixou em situação difícil. Temos filhos, aluguel e contas a pagar, além de abastecer a casa. Sem trabalho não temos dinheiro para sustentar tudo isso”.

 

  • Fotografia

Nesta quinta (13), às 20h, tem o projeto ‘Diálogos Nacionais – Fotografias’, analisando a importância da Lei de Emergência Cultural para o campo da fotografia e para as lutas do setor. Com transmissão pelo YouTube.
Será apresentado um cenário do papel da fotografia na cultura e história do país, além da potência do fotojornalismo na documentação dos grandes temas da vida nacional: direitos humanos, defesa de minorias, povos indígenas, degradação ambiental.

 

  • 80 anos

Na segunda (17) a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) completa 80 anos de existência, marco importante para a instituição que é um patrimônio da cultura do país.
Com a pandemia os planos para a temporada comemorativa tiveram que ser adaptados para o ambiente virtual. Nos próximos dias lançará uma série especial de aniversário e retomará a temporada, mas no formato online.