Heraldo Almeida

Oneide Bastos: a rainha da música da Amazônia


Uma cantora de voz aveludada e timbre perfeito que mora bem no meio da floresta verde esperança. Com um jeito tucuju de gente da beira do rio, que tem um cantar que se confunde com o canto dos pássaros que nos saúdam a cada amanhecer, nos convidando para mais um dia de vida livre.

Oneide Bastos é amapaense da gema e faz questão de falar: “eu não tenho vergonha de dizer que sou amapaense e assumir minha identidade artística de caboca tucuju”. Oneide mergulhou na vida musical desde criança, nos festivais e bailes infantis já cantarolava as canções que eram sucesso no movimento da MPB. Ela passou por vários grupos musicais, corais (Vozes do Amapá) e outros. De 1977 a 1982, emprestou sua voz ao grupo Seomo, mas nunca deixou de participar de outros momentos. Em 1989 realizou um vôo mais alto duran turnê pela Guiana Francesa.

Em 1992, Oneide Bastos gravou seu primeiro ensaio musical com parceiros paraenses no disco intitulado “Tempero Regional”. Em 1994, surge seu primeiro disco, “Mururé”, gravado inicialmente em LP e depois prensado numa edição em CD. O disco recebeu inúmeros prêmios e elogios de público e crítica, tendo merecido até um poema do escritor e poeta Luiz Alberto Costa Guedes, da Academia Amapaense de Letras. Em 1996, participou do 1º Especial de Música Popular da Amazônia, produzido pela Amazon Sat e Amapá FM. Em 1997, teve participação especial no show “As mulheres cantam o Amapá”, idealizado pelo produtor Luciano Santos.

Oneide Bastos também foi intérprete dos grupos Trio da Terra, Sonora Brasil e do Projeto Água. Entre 1991 e 2002, foi uma das protagonistas do musical “Meu último tango”, onde contracenou com o bailarino de nível internacional, Agessandro Rego.

Em 2001, com o espetáculo “O show”, resgata e valoriza a música brasileira produzida entre 1930 e 2000. O último disco lançado pela artista foi “Quando Bate o Tambor”, em homenagem aos sons e ritmos da Amazônia. Ela já está gravando um novo projeto. ■

 

 

“Confaca”

Nonato Santos, ou ‘Cantador da Amazônia’, como é chamado, teve sua música [Senhor de Marajé], selecionada na 10ª Mostra Musical da Confraria de Autores de Canções (Confaca).
Evento acontece entre os dias 14 a 22 de agosto, em São Roque (SP). A participação do amapaense, através do videoclipe da música, será dia 14, às 19h, pelo canal da Confraria, no YouTube. Boa sorte.

 

Samba de Dois

Título do 1º livro da poetisa amapaense Neth Brazão, lançado recentemente, em e-book. A obra mistura poesia erótica, samba e outros temas. Visite a livraria amazon.com.br e adquira o seu.

 

Cinema

De 14 a 28 de agosto o Itaú Cultural exibe em seu site www.itaucultural.org.br, um ciclo de filmes com um recorte da obra do premiado cineasta brasileiro Eryk Rocha.
A mostra mergulha na mentalidade do cinema brasileiro a partir de histórias que se aproximam da realidade das pessoas.

 

Bandaia

Que notícia boa. Na sexta (14) vai rolar a ‘Bandaia no Curiaú’. É uma homenagem a São Joaquim, padroeiro da comunidade.
Evento acontece na residência do senhor Mateus (Toca da Raposa), às 19h, com participações especiais de Pedro Ivo (Guto), Filhos do Curiaú, Raízes do Bolão e Mário Neilton. Transmissão será pela página Heranças Ancestrais, no Facebook.

 

Favelando

Projeto ‘Por Trás do Pavilhão’, de Maracatu da Favela, recebe nesta terça-feira (11) o 1º casal de Mestre Sala e Porta Bandeira da agremiação carnavalesca, Adriano Almeida e Lika da Favela.
Com transmissão pelo Instagram, às 19h, na página oficial @encontrodecasaisamapa. Sob coordenação e apresentação da porta-bandeira, Alessandra Azevedo. Bela iniciativa.

 

Expectativa

Fãs da cantora Brenda Melo já estão em contagem regressiva para o lançamento de seu novo single, ‘Sou o Norte’, com composição de Finéias Neluty.
No próximo sábado (15), com direito a videoclipe. Lançamento será no YouTube da artista e plataformas digitais (Instagram, Facebook – Fanpage, Spotify, Itunes e outros).

 

No ar

Programa “O Canto da Amazônia” (Diário 90,9FM) vai aos ares de segunda a sexta, às 16h. Divulgando e valorizando a arte e os artistas amazônicos. Bem a cara e o jeito de nossa gente. Bom de ouvir.